O elemento humano é essencial para a computação cognitiva na sua empresa

Redação16/11/2017 14h21, atualizada em 16/11/2017 14h29

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A computação cognitiva pode ter grande capacidade de cálculo e resolução de problemas, mas está longe de ser autossuficiente. As empresas que pretendem adotar soluções de inteligência artificial devem estar atentas em montar uma boa equipe de curadoria que possa treina-la com informações. Do contrário, os seus objetivos com a nova tecnologia podem não ser alcançados.

Conforme destacou o CTO da IBM Brasil, Luis Liguori, quem treina o supercomputador cognitivo não é a própria IBM, mas quem domina o conteúdo. Sendo assim, é importante que as empresas criem centros de competência com profissionais preparados para dotar a máquina de todo conhecimento necessário para a atividade que ela vai desempenhar.

Um bom exemplo para o trabalho de curadoria voltada para computadores cognitivos é o da exposição “A Voz da Arte”, da Pinacoteca de São Paulo. O treinamento do Watson começou seis meses antes da abertura da mostra para que a inteligência artificial fosse capaz de responder desde as perguntas mais comuns até as mais inusitadas. Ao todo, foram mais de 12 mil respostas cadastradas.

Ao montar uma equipe de curadoria especializada, o gestor deve buscar tanto membros que tenham desde um conhecimento amplo do seu negócio como também membros que saibam levantar pontos específicos para preencher pequenos espaços de informações. Ou seja, é importante identificar pessoas capacitadas e com uma habilidade ainda exclusiva dos seres humanos: criatividade. Afinal, é necessário prever situações de uso que nem sempre são tão evidentes.

Por mais eficiente que seja, a rede de conhecimento da computação cognitiva jamais estará completa. Voltando ao exemplo da Pinacoteca de São Paulo, o Watson registra as perguntas para quais não consegue encontrar respostas. O objetivo é atualizar a base de dados da plataforma semanalmente para torná-la ainda mais eficaz e capaz de responder os visitantes com as informações buscadas.

O trabalho com inteligência artificial é um aprimoramento constante, e o empresário deve estar atento a isso. Manter uma equipe de curadoria fixa será fundamental para preencher eventuais lacunas de conhecimento que apareçam nos supercomputadores, garantindo a excelência de resultados pretendida.

A cada ruptura causada por uma tecnologia inovadora, desafios e barreiras surgem para que o ser humano possa superar. Com a computação cognitiva não é diferente: por trás da inteligência avançada e dos cálculos em alta velocidade, as equipes de curadoria despontam como um novo componente essencial das empresas que pensam fazer uso do poder da inteligência artificial.

Você pode assistir ao replay do evento no YouTube por meio deste link. 

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital