Desde que o conceito de nuvem (ou cloud) começou a ser utilizado no mercado, eu escuto alguns colegas comentando: “a primeira nuvem foi criada com os mainframes”. Eu até via sentido no comentário, pois há muitos anos os ambientes de mainframe já trabalhavam com máquinas virtuais, alocação de recursos rápida e flexível, além do gerenciamento dos recursos através de uma console, muitas vezes remota. Mas se é tão parecido, porque não implementar desta forma?

Para reforçar a relevância desta pergunta, as empresas têm buscado uma infraestrutura cada vez mais ágil e escalável, que combine custo-benefício otimizado e robustez na segurança para rodar workloads críticos.

A partir deste cenário, os desafios na arquitetura, segurança e, principalmente, no licenciamento de software foram profundamente trabalhados. Hoje, o ambiente de mainframe em nuvem já é uma realidade.

O uso de uma arquitetura padronizada, com diferentes opções de disponibilidade, constantemente atualizada e flexível à necessidade dos clientes são marcas registradas desta solução. Tudo oferecido através de MIPS ou gigabytes de dados como unidade de recursos. Adicionalmente, é oferecida a possibilidade de o cliente trazer suas licenças de software, ou mesmo seus discos, para serem inseridos como parte da solução.

Muitos dos pacotes de software do mercado já são alocados de acordo com a demanda e o pagamento é realizado conforme a quantidade de MIPS utilizadas. Contudo, ainda há barreiras importantes quanto a alguns fabricantes que ainda contabilizam o uso conforme a máquina física.

Alguns profissionais de TI ainda me perguntam sobre a aplicabilidade deste tipo de solução: “Pode ser adotada por qualquer tipo de cliente? Com qualquer quantidade de MIPS? ”. A resposta é SIM! Porém, em algumas empresas usuárias de mainframe, principalmente com quantidade de até 1000 MIPS em uso, é comum observar desafios como a reposição de especialistas na plataforma e os altos custos para manter o ambiente de mainframe internamente. Há empresas extremamente satisfeitas com a qualidade e o desempenho do mainframe, por exemplo, porém com sérias decisões a serem tomadas devido aos desafios mencionados. Questões relacionadas ao investimento na atualização tecnológica versus o risco de manter ambientes sem suporte ou entre abandonar ou não o mainframe, migrando para plataforma baixa, são comuns nestes casos.

Assim como ocorre nos demais ambientes cloud disponíveis no mercado, o planejamento adequado e a análise sobre a migração para o mainframe em nuvem é fundamental. Ter acesso a um especialista ou a um provedor de serviço que possa realizar uma abordagem consultiva sobre a melhor decisão também é sempre recomendado. Contudo, é fato que essa solução veio para ficar e deve ser uma opção a ser considerada pelas empresas sobre o futuro dos seus ambientes mainframe.

Para mais informações e referências relacionadas a soluções de Mainframe, consulte: https://itbizadvisor.com/?s=mainframe