Como a ‘era cognitiva’ pode transformar os Data Centers do futuro

Redação08/11/2016 19h31, atualizada em 08/11/2016 19h42

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Segundo a IBM, a “era cognitiva” já está sobre nós. Cada vez mais a indústria da tecnologia busca soluções para acelerar seus processos, adotando supercomputadores como o Watson que são capazes de aprender sozinhos e aperfeiçoar suas próprias capacidades.

Esse foi o tema da palestra realizada por Wagner Arnaut, Cloud Advisor da IBM no Brasil, durante o Gartner Symposium/ITxpo 2016. O evento, realizado em São Paulo entre os dias 24 e 27 de outubro, reuniu representantes dos mais diversos setores do TI brasileiro para quatro dias de discussões e apresentações a respeito dos desafios da área.

“Em algumas empresas, o data center antes estava ‘dentro de casa’. Hoje eu tenho um data center dentro de casa integrado com um que está fora, não necessariamente dentro da minha casa. E essa transformação está acontecendo nas mais diversas indústrias”, explica Arnaut.

A transformação a que o consultor se refere é o aumento exponencial de usuários de serviços online. Dados da ONU indicam que mais da metade da população mundial já tem acesso a dispositivos móveis, e há mais pessoas usando essa tecnologia no mundo do que dispondo de necessidades básicas como um banheiro dentro de casa.

Na opinião de Arnaut, a indústria precisa manter-se em dia com essa demanda crescente, e a computação cognitiva pode ser o melhor caminho. O especialista destaca três características centrais desse tipo de tecnologia que facilitam e muito o gerenciamento de volumes cada vez maiores de dados.

“Neste cenário, onde os dados são o grande combustível dessa transformação digital, entra o conceito da computação cognitiva. Ela tem a capacidade de compreender esse enorme volume de dados, criar associações e aprender com elas ao longo do tempo, além de interagir em linguagem natural”, comenta Arnaut.

Sistemas cognitivos como o supercomputador Watson interpretam dados de forma semelhante ao cérebro humano. As informações são interpretadas e referenciadas para que a máquina esteja sempre

aprendendo com as próprias atividades, assim como nós ficamos melhores em certas atividades a cada vez que a repetimos.

Por essa razão, a computação cognitiva é vista como um salvador de tempo e de recursos para a indústria de TI, diminuindo custos com manutenção e agilizando a capacidade de processamento dos data centers que temos hoje. Nesse sentido, o conceito da Cloud híbrida também entra em ação.

Como explica Arnaut, nem todas as aplicações desenvolvidas hoje pela indústria serão integralmente migradas para soluções na nuvem. “Claro que um grande volume de aplicações, as que requerem inovação e capacidades cognitivas vão para a nuvem. Mas não são todas”, diz o consultor.

“A ideia é que, dentro da computação cognitiva, a gente possa potencializar aquilo que temos ‘em casa’, o que está disponível na nuvem, e agregar inovação para o seu negócio”, conclui Arnaut, questionando: “você vai ser o arquiteto do futuro ou o arquiteto do passado na sua empresa?”.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital