Depois do perfume com o ‘cheiro do espaço’, vem aí o ‘cheiro da Lua’

Mesma empresa que desenvolveu o 'Eau de Space' está lançando o 'Eau de Luna', que reproduz o odor da poeira lunar descrito pelos astronautas da missão Apollo
Renato Mota17/07/2020 18h59

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Com o sucesso da campanha de financiamento do perfume com “cheiro do espaço”, os criadores Eau de Space foram além e acrescentaram entre as recompensas o Eau de Luna, uma colônia com o cheiro da Lua – tal como descrito pelos astronautas da missão Apollo.

Ao apoiar a campanha no Kickstarter com valores a partir de US$ 15 (que já dá direito a uma garrafa do perfume) o usuário pode selecionar qual opção deseja receber. Se você adquirir mais de uma garrafa, pode selecionar qualquer combinação das duas versões. A campanha irá durar mais 30 dias, e as entregas estão previstas para outubro de 2020.

O Eau de Luna foi a recompensa desbloqueada quando a campanha atingiu US$ 700 mil. O “cheiro da Lua” é baseado em relatos dos 12 astronautas que já pisaram na superfície lunar, e corresponde ao cheiro da poeira lunar que ficava grudada nas roupas. “É realmente um cheiro forte”, disse Charlie Duke, piloto da Apollo 16. “Tem esse gosto – para mim, de pólvora – e o cheiro de pólvora também”. Na próxima missão, Apollo 17, Gene Cernan descreveu como , “cheira como se alguém tivesse atirado com uma carabina aqui”.

Mas há uma coisa curiosa nisso tudo: o Laboratório de Amostras Lunares em Houston guarda centenas de quilos de poeira lunar e rochas coletadas nas missões da Nasa, mas nada disso tem cheiro.

Curiosamente, de volta à Terra, a poeira da lua não tem cheiro. Existem centenas de quilos de poeira lunar no. De acordo com o pesquisador Gary Lofgren, as amostras trazidas pelos astronautas da Apollo perderam o cheiro ao entrar em contato com o ar úmido e rico em oxigênio da Terra.

O perfume tenta recriar esse cheiro perdido, com notas de metal queimado, rum, frutas silvestres e creme de cogumelos. O responsável pelo trabalho é o químico britânico Steve Pearce, da Omega Ingredients. Além de 40 anos de experiência produzindo sabores naturais para o comércio de alimentos e bebidas, ele já colaborou com museus e artistas para formular aromas “perdidos”, como os cabelos de Cleópatra e a atmosfera antiga estação espacial russa Mir.

Via: Space.com

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital