Nesta sexta-feira (26), a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a vacina criada pela Universidade de Oxford, conhecida pelo nome ChAdOx1 nCoV-19, lidera a corrida para encontrar uma imunização contra a Covid-19.

Soumya Swaminathan, cientista-chefe da entidade, declarou que a vacina, resultado de uma parceria com o laboratório AstraZeneca, é atualmente a “mais avançada em termos de desenvolvimento”. No momento, a imunização passa por uma fase de testes no Brasil.

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Atualmente, mais de 200 vacinas estão em testes no mundo todo. Do total, 15 entraram em fases clínicas, em que os resultados obtidos anteriormente foram satisfatórios o suficiente para que a aplicação em humanos fosse autorizada.

De acordo com Swaminathan, a vacina apresentada pela empresa Moderna também “não fica muito atrás” se considerarmos os resultados apresentados até o momento.

Segundo cálculos da OMS, serão necessários US$ 31,3 bilhões (R$ 171,2 bilhões, em conversão direta) para desenvolver testes eficazes, vacinas funcionais e tratamentos contra a doença. Com este valor, estima-se que seja possível desenvolver e distribuir 500 milhões de testes e 245 milhões de tratamentos para países de baixa renda. Além disso, duas bilhões de doses da vacina podem ser distribuídas para o mundo até o fim de 2021.

No entanto, até o momento, a entidade afirma que foram confirmados apenas US$ 3,4 bilhões (cerca de R$ 18,6 bilhões) do valor. Do restante, US$ 27,9 bilhões (R$ 152,8 bilhões), cerca de US$ 13,7 bilhões (R$ 75 bilhões) possuem urgência de arrecadação, segundo a OMS. 

Testes de vacina

Reprodução

Vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford é a ‘mais avançada em termos de desenvolvimento”. Foto: Dado Ruvic/Reuters

Os testes da vacina desenvolvida por Oxford começaram no Brasil na semana passada. A aplicação da imunização vai contar com dois mil voluntários de São Paulo e mil do Rio de Janeiro. De acordo com a AstraZeneca, eles esperam obter os resultados até setembro.

Na última terça-feira (23), dados de um estudo com a vacina realizado no Reino Unido indicam que ela pode ser mais eficaz se duas doses forem aplicadas em um intervalo regular. Isso foi descoberto a partir da vacinação de porcos, que possuem sistemas fisiológicos parecidos com o dos humanos.

O estudo, que foi divulgado pelo Instituto Pirbright, no entanto, alerta que, apesar do resultado positivo em uma aplicação dupla, ainda não há como saber exatamente qual o nível de resposta imune necessário para proteger seres humanos.

Vi:a O Globo