Golpe oferece ‘Almanaque da Turma da Mônica’ para enganar usuários

Mais de 91 mil pessoas já acessaram o link enganoso que oferece um suposto 'Super Almanaque da Turma da Mônica - Edição Estude em Casa'
Renato Mota24/06/2020 20h22

20200624052903

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Um golpe que vem se disseminando no WhatsApp usa uma das marcas mais amadas do Brasil para enganar usuários. O alerta veio do dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe, que detectou a falsa oferta de um suposto almanaque da Turma da Mônica que na verdade esconde uma tentativa de roubo de dados dos usuários.

De acordo com o dfndr lab, a página maliciosa teve mais de 91 mil acessos em menos de 24 horas. “Os golpistas se aproveitam do momento de quarentena para atrair vítimas com mais este golpe. Eles sabem que os pais e as crianças estão em casa e criam uma mecânica fácil para conseguir mais dados pessoais no golpe”, explica Emilio Simoni, diretor da empresa de segurança.

O modelo não é nada novo: utilizando da premissa do “cadastre e ganhe”, visto em outros golpes recentes (como um que prometia perfumes como brindes pelo Dia dos Namorados) pede que o usuário acesse o link comprometido para receber um “Super Almanaque da Turma da Mônica – Edição Estude em Casa”, uma promoção que não existe.

A própria Turma da Mônica é reincidente em ser vítima desse tipo de ação. No ano passado, a marca foi usada em uma fraude envolvendo uma falsa promoção do Dia das Crianças. A mensagem espalhada dizia: “Olha que legal… Para comemorar o Dia das Crianças e incentivar a leitura, a Turma da Mônica está presenteando crianças de todo o Brasil com Historinhas e Atividades! Não tem sorteio. Cadastrou, ganhou!”.

“O cibercriminoso geralmente desenvolve supostas promoções com métodos de participação simples, justamente para atrair mais vítimas. Desta forma, ele aproveita da boa-fé das pessoas para torná-la um vetor de disseminação do golpe e ganhar proporção”, afirma Simoni.

 Os dados pessoais fornecidos na página falsa podem ser vendidos ou até usados em cadastros com potencial prejuízo financeiro à vítima. “Fora isso, caso a pessoa dê permissão à falsa página para o recebimento de notificações, o cibercriminoso conseguiria ainda enviar outras promoções falsas como essa diretamente a ela”, completa o executivo.

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital