Os jornalistas que participaram do evento de lançamento do iPhone SE na última segunda-feira, 21, nos Estados Unidos, também tiveram a chance de experimentar em primeira mão o novo smartphone da Apple com tela de 4 polegadas. As primeiras impressões já começaram a surgir na internet e, a princípio, o aparelho parece ter agradado quem já o testou.

O design compacto, mais do que qualquer coisa, parece ser a principal qualidade do iPhone SE. Embora seja quase idêntico ao iPhone 5s, alguns detalhes saltam à vista, como as bordas levemente curvadas e foscas, ao invés de brilhantes como o modelo mais antigo; e a placa de metal que constitui o logo na parte traseira, em vez de um simples acabamento com textura diferente.

O tamanho do smartphone também é motivo de elogios em quase todas as análises prévias já publicadas. Alex Cranz, editora da versão americana do site Gizmodo, diz que o iPhone SE é “perfeito para as minhas pequenas mãos de bebê“. Brincadeiras a parte, segundo ela, entre os benefícios de se usar um celular de 4 polegadas estão a praticidade para acomodá-lo no bolso, usá-lo com apenas uma mão e, com isso, evitar quedas e consequentes reparos.

Performance

O que mais dá valor à tela pequena do iPhone SE, porém, é justamente seu interior. De acordo com essas primeiras impressões, o desempenho do hardware é equiparável ao do iPhone 6s, já que usa o mesmo processador A9. Ou seja: trata-se de um celular muito rápido. A Apple não revelou a memória RAM do dispositivo, mas testes preliminares parecem indicar que sejam os mesmos 2GB dos aparelhos mais modernos da empresa.

Câmera

Assim como o desempenho, a câmera de 12MP também agradou os primeiros usuários do novo iPhone. “Não consegui brincar muito com a câmera, mas minha impressão inicial é de que ela tira fotos quase indistinguíveis às do iPhone 6s Plus”, escreveu o jornalista Chris Velazco para o site Engadget. Outro detalhe é a ausência de uma “lombada” na região do sensor e a presença do recurso Live Photos, que permite registrar imagens animadas.

No iPhone 6s, o Live Photos funciona quando o usuário pressiona a tela com um pouco mais de força, graças à sensibilidade do 3D Touch nos novos aparelhos. Uma sensibilidade que não está presente no iPhone SE e é uma ausência sentida pela maioria dos primeiros “hands-on”. Andre Cunningham, do site Ars Technica, sugeriu que o 3D Touch poderia ter deixado o iPhone SE mais caro, o que “não faria sentido” diante da proposta do novo aparelho, e talvez por isso a Apple preferiu removê-lo.

O que deixou a desejar

Gareth Beavis, do site inglês TechRadar, também chamou a atenção para a baixa resolução da tela em comparação ao iPhone 6s. Segundo ele, o brilho e a nitidez lembram o do iPhone 5s, o que pode decepcionar alguns usuários que acharam que a Apple “poderia ter feito melhor”. Do mesmo modo, a baixa resolução da câmera frontal também incomodou o jornalista.

O editor do site The Verge, Dieter Bohn, também chamou a atenção para o fato de que a Apple insiste em vender uma das versões do iPhone com apenas 16GB de armazenamento interno. Já a duração da bateria se mostrou uma preocupação, embora seja impossível testá-la completamente em uma análise preliminar.

Conclusão

Pequeno e potente, o iPhone SE parece agradar em quase todos os sentidos. Mas um fator determinante em qualquer análise de produto é o preço cobrado pela fabricante. Nos EUA, a versão de 16GB será vendida por US$ 399 e a de 64GB por US$ 499. O atual top de linha, o iPhone 6s, custa entre US$ 650 e US$ 850.

Para quase todos os sites que já tiveram a chance de experimentar o novo celular, pagar menos por um hardware de mesmo nível é um ótimo negócio. Não há previsão de quando o iPhone SE chegará ao Brasil, mas considerando apenas a conversão imediata do dólar ao real e uma estimativa de impostos, o preço não deve ser menor do que R$ 2 mil.