Os terroristas acusados pelo atentado a Paris foram cautelosos ao utilizar a internet antes do ato que matou 130 pessoas em novembro de 2015 na capital francesa. De acordo com os investigadores, os membros do Estado Islâmico utilizaram smartphones novos ou roubados de reféns para acessar à internet e fazer ligações.

A informação foi divulgada em um relatório policial de 55 páginas obtido pelo jornal norte-americano The New York Times. O documento detalha as evidências encontradas desde o começo das investigações, incluindo o uso de ferramentas de comunicação por parte dos acusados.

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De acordo com o documento, um dos telefones obtidos era da Samsung e continha um chip belga que havia sido ativado apenas no dia dos atentados. No celular foi possível identificar que o aparelho foi utilizado para pesquisar na internet sobre ingressos para o show da banda Eagles of Death, na boate Bataclan. Imagens do hall do local também foram encontradas no aparelho.

Apesar do GPS do telefone ter ajudado os investigadores a saberem onde os terroristas estavam antes do ataque, e a origem do belga do chip ter guiado as autoridades até a Bélgica em busca dos terroristas, não há qualquer outra informação que possa ser usada, como nomes, números de telefones e e-mails, por exemplo.

Criptografia

Outro ponto importante abordado no relatório mostra que os terroristas podem ter utilizado instrumentos de criptografia para mascarar suas identidades virtuais. De acordo com uma das reféns que viu um dos criminosos utilizar um notebook, “havia somente linhas de código. Não tinha nada de internet ou imagens”, disse. As características batem com o uso de ferramentas de criptografia.

Via The Next Web