Os indicados ao Oscar de melhor filme, do pior ao melhor

92ª edição da premiação acontecerá dia 9 de fevereiro, em Los Angeles
Redação03/02/2020 17h32

20200203030818

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Já estamos nos aproximando da cerimônia de premiação dos Oscars, e os nove indicados para o prêmio principal, o de melhor filme, já podem ser conferidos por qualquer espectador.

Para ajudar na espera e brincarmos com a expectativa, aqui vão os indicados ranqueados, do pior ao melhor.

Você pode discordar, se tiver visto todos, e também pode concordar, pois ainda não é proibida a concordância na internet.

09. Jojo Rabbit, de Taika Waititi

Com o nazismo não se brinca. E se for para fazer humor, deve-se tomar muito cuidado. Waititi nem sempre toma, e na maioria das cenas beira o constrangimento.

08. 1917, de Sam Mendes

Após um começo promissor, o filme começa a cair vertiginosamente quando resta apenas um na missão. Curiosamente, a queda brusca de um avião alemão marca a passagem de bastão de um filme interessante para um filme tolo.

07. Coringa, de Todd Philips

Um diretor mais forte teria imposto um estilo a essa fábula distópica sobre o fracasso. Philips não faz muita coisa nesse sentido, e ainda permite uma atuação exagerada de Phoenix. Há ainda um excesso de zêlo explicativo, como nas cenas com a vizinha.

06. História de um Casamento, de Noah Baumbach

Baumbach é um diretor medíocre, com a exceção de “Mistress America”. Mas aqui consegue ao menos prender nossa atenção, um pouco por causa de Adam Driver e Scarlet Johansson, muito por causa de Laura Dern e Ray Liotta. Ainda assim, não deixa de ser um filme supervalorizado à beça.

05. Ford vs. Ferrari, de James Mangold

Mangold é outro diretor que parece ter sido tragado pela máquina impessoal hollywoodiana, mas aqui faz um filme a que se vê com facilidade, com um Matt Damon arrebentando e um Christian Bale infelizmente em um de seus piores momentos. As cenas de corrida empolgam, e salvam o filme do meio termo.

04. Adoráveis Mulheres, de Greta Gerwig

Um sólido drama histórico que se beneficia de duas atrizes sensacionais, Saoirse Ronan e Florence Pugh, e de uma direção elegante e equilibrada, sem as lantejoulas estilísticas típicas do filme de época de um lado, mas também sem a contenção acadêmica de outro.

03. O Irlandês, de Martin Scorsese

Esperava-se muito deste novo Scorsese após a liberdade e o orçamento permitido pela Netflix, mas o que se vê é um filme bom, sem dúvida, mas um tanto frio em muitos momentos, sem a pulsação que fazia a força de obras como “Cassino” e “Bons Companheiros”.

02. Parasita, de Bong Joon-ho

Um tanto exagerado em seu terço final, um tanto enfadonho em seu início, mas ainda assim um filme forte, que explora as tensões originadas pelo ultraliberalismo que domina o mundo, mesmo em governos progressistas.

01. Era Uma Vez… em Hollywood, de Quentin Tarantino

O filme mais forte de Tarantino desde Kill Bill 1 é também o melhor entre os indicados ao Oscar, disparado. Não vai ganhar o principal prêmio. Talvez ganhe só em uma ou duas categorias, o que pode ser mais uma das inúmeras injustiças da Academia. Pior para a marca do Oscar, cada vez mais desacreditada.

Sérgio Alpendre é crítico e professor de cinema

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital