O ProtonMail, serviço de troca de mensagens eletrônicas criptografadas, está aproveitando a polêmica entre Apple e FBI no caso do iPhone de San Bernardino para tentar abocanhar mais usuários. Depois de dois anos funcionando apenas por meio de convites de membros do serviço para outras pessoas, agora a empresa está disponibilizando a criação de e-mails para qualquer pessoa, convidada ou não.

Criado por cientistas do CERN e do MIT após as revelações de Edward Snowden sobre o escândalo da vigilância global praticada pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, a NSA, o e-mail estava em fase beta e era oferecido apenas para um grupo seleto de usuários que somavam cerca de um milhão de pessoas.

Além de abrir inscrições ao público, o ProtonMail também lançou novos aplicativos mobile para iOS, Android e versão web. Todos contam com arquitetura end-to-end que não pode ser acessada nem mesmo pela própria companhia, como no caso do iPhone. Outro detalhe de segurança é que os servidores da companhia estão alocados na Suíça, o que torna impossível que oficiais norte-americanos interceptem as comunicações diretamente nos servidores.

publicidade

Estado Islâmico

Assim como o Tor, software utilizado para navegação anônima e criptografada na internet e acesso à sites não disponibilizados em outros navegadores, o ProtonMail também sofreu críticas por ser utilizado por terroristas, principalmente ligados ao Estado Islâmico.

“Infelizmente a tecnologia não distingue as pessoas boas das más. A mesma tecnologia que protege dissidentes políticos e ativistas que buscam por democracia, também pode ser usada por terroristas”, lamenta o cofundador Andy Yen. 

Reprodução

Via Engadget