Microsoft decide lançar novo update grátis para corrigir bug do Windows 7

Falha no papel de parede foi introduzida com o que seria a última atualização gratuita na história do sistema operacional
Renato Santino27/01/2020 17h25, atualizada em 27/01/2020 17h30

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Quando a Microsoft anunciou o pacote final de atualizações gratuitas do Windows 7, ninguém poderia imaginar que o sistema operacional teria uma função básica quebrada: o papel de parede. Isso fez com que a empresa repensasse sua decisão e anunciasse a liberação de mais uma atualização grátis para seus usuários, visando corrigir especificamente essa falha.

Na última semana, a companhia havia anunciado uma correção para o malfadado pacote KB4534310, que alterava o plano de fundo do Windows 7 para exibir apenas a cor preta após o computador reiniciar quando o usuário configurava o papel de parede no modo “Estender”. No entanto, originalmente a empresa havia dito que apenas os usuários que pagam pelo suporte estendido receberiam o update.

Depois de provavelmente receber muitas críticas, a Microsoft optou por lançar uma correção gratuita para todos os usuários, provavelmente reconhecendo o quão embaraçoso seria para sua marca fazer com que usuários que não puderam ou não quiseram migrar imediatamente para o Windows 10 precisassem lidar para sempre com um bug tão óbvio.

De qualquer forma, a situação toda é incomum. O programa de suporte estendido pago da Microsoft não é pensado para atualizações de bugs, mas sim para corrigir falhas de segurança que tornem o sistema vulnerável para empresas que não puderam abandonar o Windows 7 a tempo por quaisquer motivos. Os valores são caros, custando entre US$ 25 e US$ 50 anuais por PC, e os valores aumentam anualmente, podendo chegar até US$ 200. O governo alemão, por exemplo, terá que desembolsar quase 900 mil euros para continuar usando o Windows 7 pelo próximo ano.

A partir de agora, a tendência é que não haja mais nenhuma atualização grátis para o Windows 7, exceto em caso de um desastre. Na época do WannaCry, a Microsoft chegou a liberar correções para o Windows XP, que já havia sido abandonado três anos antes, mas foi um caso excepcional de uma ameaça que havia afetado e inutilizado centenas de milhares de computadores no mundo em questão de horas.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital