Aqui entram aqueles filmes que, por algum motivo, nos surpreenderam, apresentando-se melhores do que esperávamos. Filmes que merecem ser vistos por um público maior.

Os motivos variam: consideramos desde a carreira pregressa desses diretores, quanto a baixa estatura com que os filmes se apresentam ou a pequena envergadura temática (o que é muitas vezes enganoso) e estética (baixo orçamento não quer dizer baixa qualidade).

1. Fourteen (Dan Sallitt, 2018)

Cinema independente americano em seu melhor. Um filme feito de detalhes e uma incrível sensibilidade para as relações interpessoais. O crítico e cineasta Sallitt demonstra justeza no tom e habilidade de contenção raras.

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2. Se a Rua Beale Falasse (Barry Jenkins, 2018)

Surpreendente porque Moonlight, o premiado filme anterior de Jenkins, com sua poesia calculada abalando o justo retrato de personagens calados pelo preconceito, não nos permitia imaginar a beleza poética encontrada neste longa mais recente.

3. Ama-San (Claudia Varejão, 2018)

Belo filme português passado no Japão, sobre um costume ancestral. Vemos o cotidiano de três mergulhadoras que procuram tesouros no mar.

4. Vice (Adam McKay, 2018)

McKay controla melhor o vício da câmera tremida (em relação ao superestimado A Grande Aposta) e realiza um belo filme, crítico e político, ambíguo e muito bem construído (com direito a final falso).

5. Um Amor Impossível (Catherine Corsini, 2018)

A diretora francesa Catherine Corsini faz aqui seu melhor filme, e ainda conta com a excepcional atriz belga Virginie Efira. O título diz tudo, mas é muito bonita a forma como esse amor é mostrado.