O cinema brasileiro atravessa um período extremamente conturbado, sendo atacado por mentes retrógradas e inimigos da cultura.
Atravessa, contudo, um de seus melhores períodos recentes, não só pela quantidade de filmes produzidos por ano, mas pela quantidade de filmes de qualidade que pudemos ver nos cinemas.
Aqui vão nossos preferidos.
1. Bacurau (Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, 2019)
Mais do que um filme político (o que ele é, inegavelmente), é um belo exemplo de filme de gênero, muito bem realizado e atuado.
2. Diz a Ela Que Me Viu Chorar (Maíra Bühler, 2019)
Olhar cuidadoso aos excluídos e uma prova definitiva que existe preocupação estética em documentários.
3. A Noite Amarela (Ramon Porto Mota, 2019)
Belo exemplar do horror brasileiro recente, além de representar mais uma amostra da força do cinema paraibano.
4. O Clube dos Canibais (Guto Parente, 2019)
Sátira de horror à burguesia brasileira, um convite ao testemunho do absurdo canibalesco em que vivemos.
5. Temporada (André Novais de Oliveira, 2018)
O mineiro Novais de Oliveira amadurece em relação ao primeiro longa, Ela Volta na Quinta, e consegue evitar melhor os perigos do naturalismo.
3 DECEPÇÕES:
Não se trata de bater em cachorro morto (‘De Pernas para o Ar 3’, ‘Vai que Cola 2’, ‘Minha Mãe é uma Peça 3’ e outras bobagens. Nem de lamentar porque autores que nunca se confirmaram continuam batendo na trave (‘O Juízo, Divino Amor’). Trata-se de apontar filmes dos quais esperávamos mais, seja pelos elogios recebidos, seja pelo talento dos diretores.
Sócrates (Alexandre Morato, 2018)
Filme elogiadíssimo, sem que se perceba por quê.
O Último Trago (Luiz Pretti, Pedro Diógenes, Ricardo Pretti, 2016)
Diretores talentosos perdendo-se num certo desbunde autoral.
A Sombra do Pai (Gabriela Amaral Almeida, 2018)
O talento de Amaral Almeida, já comprovado em curtas e no longa Animal Cordial, torna este difícil segundo longa ainda mais decepcionante.