Ontem, a Netflix divulgou os seus resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2015 (que inclui os meses de julho, agosto e setembro). A empresa declarou uma receita total de US$ 1,74 bilhões para o período referido, e um lucro líquido de US$ 29,4 milhões.
A receita mostrou um aumento de 5,7% com relação ao trimestre anterior e de 23,3% com relação ao mesmo trimestre do ano passado. O lucro líquido, por sua vez, superou em 11,7% o do trimestre anterior, embora tenha sido quase 50% menor que o do mesmo período do ano passado, uma queda que a empresa atribuiu aos custos de produzir e licenciar novos filmes e séries.
Novos clientes
Globalmente, a empresa adquiriu 3,62 milhões de novos clientes nos últimos três meses. Com isso, a empresa chegou a um total de 69,17 milhões de usuários de seus serviços. Até o fim do ano, a Netflix chegará também a Espanha, Portugal e Itália.
No comunicado aos acionistas, a empresa informou também que o aumento de um euro no valor de seu plano de duas telas na Europa não afetou negativamente o ritmo de seu crescimento no continente. No começo de 2016, o serviço pretende chegar ainda a Hong Kong, Taiwan, Singapura e Coreia do Sul.
Queda nas ações
Alguns dos resultados ficaram aquém das previsões da empresa para o período: a empresa atraiu 880 mil novos clientes nos Estados Unidos, contra 980 mil no mesmo período do ano passado e uma previsão de 1,15 milhões.
Além disso, o lucro por ação repassado aos acionistas foi de US$ 0,07, contra uma previsão de US$0,12 por parte de alguns analistas. Esses números provocaram uma queda de mais de 10% nas ações da empresa.
A queda, no entanto, não deve surpreender: nos últimos quatro anos, as ações da empresa despencaram mais de 9% após sua divulgação de resultados trimestrais em outubro, incluindo um tombo de 19% em 2014 e um de 35% em 2011.