Realidade estendida vai ganhar impulso com 5G

Novo processador anunciado pela Qualcomm apresenta o dobro de desempenho no poder de processamento gráfico e computacional; até quatro vezes mais largura de banda para vídeo e desempenho de inteligência artificial até 11 vezes superior
Liliane Nakagawa07/12/2019 06h13

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Um novo mundo! A realidade estendida abre as portas de um universo paralelo e cheio de descobertas incríveis. E com a iminente chegada do 5G a tecnologia finalmente deve ganhar sua devida proporção, com uma série de aplicações em diferentes setores; da educação à indústria. No terceiro dia do Snapdragon Tech Summit, o evento anual da Qualcomm realizado aqui na ilha de Maui, no Havaí, a empresa anunciou seu novo processador de realidade estendida, o XR2 que promete levar a experiência a um novo patamar de imersão e conectividade.

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Comparado à última versão da plataforma, o Snapdragon XR2 apresenta o dobro de desempenho no poder de processamento gráfico e computacional; até quatro vezes mais largura de banda para vídeo e desempenho de inteligência artificial até 11 vezes superior.

O interessante, e que a gente teve a oportunidade de experimentar nas sessões de demonstrações da tecnologia por aqui, é que a nova plataforma pode ser usada tanto em headsets independentes, que possuem bateria e uma unidade de processamento própria, como em visualizadores bem mais leves, como esses óculos conectados a um smartphone para servir como unidade de processamento.

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O novo chip de realidade estendida suporta telas com resolução de até 3K para cada olho e gravação de vídeo 360 em 8K com 60 quadros por segundo. Até sete câmeras podem ser usadas para captar imagens do mundo real e rastrear movimentos da cabeça, olhos e até os lábios do usuário. Na prática, realmente, é uma experiência completamente diferente do que os óculos de realidade virtual ou aumentada proporcionam atualmente.

O Snapdragon XR2 é a primeira plataforma de realidade estendida com suporte ao 5G, o que torna possível oferecer tanto experiências que exigem baixa latência quanto as que demandam alta velocidade de comunicação. Um exemplo de uso demonstrado por aqui é a telepresença virtual: diversas pessoas podem se encontrar em um ambiente que combina o mundo real e objetos virtuais (como imagens, vídeos e modelos 3D). A sensação é a de estar cercado por hologramas.

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Treinamento de profissionais é outra possibilidade: um mecânico, por exemplo, poderia ver um modelo 3D de um motor ou informações técnicas sobrepostas à imagem do mundo real, guiando o trabalho. Ou então poderia emprestar seus “olhos” para um técnico remoto para ajudar no serviço.

Se a gente levar em conta que recentemente rumores dão conta de que a Apple pretende lançar seus óculos de realidade virtual agora, em 2020, e de que algum tempo atrás Mark Zuckerberg, o CEO do Facebook, disse que o futuro dos smartphones estava com os dias contados e que, no futuro, as pessoas não usariam mais telefone e sim outro dispositivo “vestível” para estarem conectadas, agora parece que a Qualcomm deu mais um sinal do que podemos esperar…

Liliane Nakagawa é editor(a) no Olhar Digital