Algumas horas após ser liberado do Centro de Detenção Provisória de São Paulo, onde passou a noite de terça-feira, 1, o vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan, já estava de volta à rede social.

“As pessoas no Brasil se importam muito com serviços como Facebook, e nós nos importamos muito com as pessoas no Brasil”, comentou ele. “Temos o maior respeito pelo Brasil e suas leis, e sempre foi nosso objetivo ter um diálogo construtivo com as autoridades.”

Dzodan ressaltou que “diálogo traz entendimento e ajuda todos a se beneficiar das oportunidades que a internet proporciona”.

O executivo foi detido como punição pelo descumprimento de uma ordem judicial que partiu de um juiz em Sergipe. O magistrado exigia que o Facebook liberasse dados sigilosos sobre contas no WhatsApp que ajudariam em uma investigação sobre tráfico internacional de drogas.

A empresa não forneceu os dados, argumentando que não os possui, mas ainda assim não pagou as multas fixadas pelo descumprimento da ordem, culminando na decretação da prisão do executivo.

Sua liberação ocorreu graças a um habeas corpus. O desembargador responsável pela soltura afirmou que, como Dzodan “nem é parte no processo judicial, nem investigado em inquérito policial”, sua prisão se deu de forma “precipitada”.