Na última quarta-feira (2), o vice-presidente de operações da Oi, Rodrigo Abreu, disse que o grupo pode considerar vender sua operação móvel se receber ofertas atraentes. A resposta veio após Abreu ser questionado sobre os relatos que surgiram sobre o interesse de empresas concorrentes na compra da operadora.
Mesmo após essa declaração, Abreu informou que a transação não é importante para o plano estratégico da empresa: “Não faz parte do nosso plano de curto prazo e não dependemos da venda da operação móvel para realizar nosso plano de investimentos, mas é uma opção no futuro”.
Abreu acrescentou que a Oi não iniciou um processo formal para a venda de sua unidade de telefonia móvel, mesmo a Reuters tendo informado no mês passado que a Oi estava negociando essa transação com a espanhola Telefónica e a Telecom Italia, com o objetivo de evitar uma crise de caixa.
Para os planos atuais da Oi, que incluem foco em serviços de banda larga residencial com fibra ótica, Abreu disse que a venda de ativos não essenciais deve ser o bastante para financiar os novos investimentos.
Em julho, a Oi divulgou seus planos para arrecadar até R$ 1,5 bilhão com a venda de ativos não essenciais – incluindo torres, centrais de processamento de dados, imóveis e sua participação de 25% na Unitel, empresa angolana de telecomunicações.
Abreu reconhece que a base de clientes móveis da Oi diminuiu, mas disse que o negócio ainda é sustentável. “Continuaremos a investir seletivamente para mantê-lo valioso”. O executivo reafirmou que o plano estratégico ainda prevê que a empresa gere um fluxo de caixa positivo até 2021.
Via: Reuters