Brad Pitt confirmou, ao IndieWire, que Quentin Tarantino pretende mesmo fazer uma versão estendida de Era uma Vez em Hollywood, seu longa mais recente. A Netflix americana já havia colocado no ar, em abril deste ano, uma versão minissérie para o longa Os Oito Odiados, e o filão se revelou forte demais para não ser novamente explorado.
Com quase três horas de duração em seu corte final e uma boa variedade de situações que podem ser amplificadas, Era uma Vez em Hollywood, como longa, já contêm atrativos suficientes para fazer os admiradores do diretor, ou dos atores Brad Pitt e Leonardo DiCaprio, ficarem ansiosos por sua versão minissérie. Isso se torna ainda mais facilitado pela duração do primeiro corte do longa: quatro horas e 20 minutos, facilmente divisíveis em uns cinco ou seis episódios.
O IndieWire já havia divulgado que inúmeras cenas vistas em materiais promocionais tinham ficado de fora da montagem que vimos nos cinemas. Entre elas uma cena em que Sharon Tate (Margot Robbie) vai nadar. Outras cenas cortadas incluem Tim Roth, James Marsden como Burt Reynolds e Danny Strong como Dean Martin.
Se reinseridas no longa essas cenas excluídas, não haverá necessidade nem de filmagem de novas cenas, nem de aproveitar, eventualmente, cenas que já tinham sido excluídas no primeiro corte. Convenhamos, aproveitar essas cenas seria pior do filmar algumas novas. Esta, por sinal, seria uma ótima ideia, pois alguns núcleos (Polanski com Sharon Tate, o rancho onde gravavam faroestes apropriado pelos hippies, mais cenas do dublê Cliff Booth (Pitt) em atrito com diretores e produtores, entre outras possibilidades.
Tudo isso nos faz pensar em outras inúmeras possibilidades de longas expandidos para séries, pensando na frequência com que versões muito maiores de alguns longas poderiam aparecer sem muita forçação de barra. Isso, claro, quando se trata de filmes bem sucedidos. Ninguém vai querer encarar uma minissérie com quatro horas de Esquadrão Suicida, por exemplo.