Bermuda robótica ajuda usuário a andar e correr

Equipamento reduz o gasto de energia durante a caminhada ou corrida, e pode ser usado por soldados, esportistas ou mesmo pessoas portadoras de deficiência ou com dificuldade de locomoção
Rafael Rigues16/08/2019 18h52

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Pesquisadores da Universidade de Harward, nos EUA, desenvolveram um exoesqueleto que ajuda os usuários a andar ou correr com menos esforço, e portanto gastando menos energia. O curioso é que em vez de uma armadura metálica como retratado na ficção científica, o equipamento se parece com uma bermuda para corrida.

Usado na cintura, o equipamento pesa cerca de 5 quilos e tem autonomia para cerca de 8 quilômetros de caminhada antes de precisar ser recarregado. Ele detecta a movimentação do usuário e usa um sistema de cabos para aplicar força, complementando o movimento dos músculos. Um de seus destaques é que ele é um dos poucos equipamentos na categoria que é capaz de auxiliar tanto na caminhada como na corrida: outros sistemas já existentes se especializam em uma ou outra atividade.

Com auxílio do aparelho o “custo metabólico”, ou gasto de energia, é reduzido em 9% nas caminhadas e 4% nas corridas. Na prática, é como se o usuário ficasse cerca de 7 quilos mais leve na caminhada, ou quase 6 quilos mais leve na corrida.

“Depois de usar o equipamento por cerca de 15 minutos, você começa a se perguntar se ele está mesmo funcionando, porque você sente como se estivesse andando normalmente. Mas depois que ele é desligado suas pernas subitamente parecem mais pesadas, e é aí que você percebe o quanto ele estava ajudando. É como sair de uma daquelas esteiras rolantes no aeroporto”, disse David Perry, engenheiro de robótica no Wyss Institute for Biologically Inspired Engineering da Universidade de Harvard.

A invenção tem múltiplos usos, seja por soldados em marcha, pessoas fazendo uma trilha ou mesmo idosos e pessoas portadoras de deficiência ou com dificuldade de locomoção. O financiamento para a pesquisa veio do Departamento de Defesa dos EUA, e a tecnologia já foi licenciada a uma empresa que produz equipamento para reabilitação de pacientes que sofreram AVC.

Fonte: BoingBoing

Colunista

Rafael Rigues é colunista no Olhar Digital