Cientistas conseguem fazer robô passar roupas sem causar estrago

Renato Santino19/02/2016 20h09, atualizada em 19/02/2016 20h20

20160219182126

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Pode parecer ser uma tarefa simples, repetitiva e até mesmo robótica, mas passar roupas é exatamente o tipo de atividade de precisão que um verdadeiro robô tem dificuldades de concluir. Roupas não são rígidas e queimam com facilidade na hora de passar, então é necessária uma delicadeza na hora de pegar, passar e dobrar, tornando difícil o manuseio pelos robôs.

Ou, pelo menos, era assim até agora.

Em artigo, uma equipe da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, contam como criaram uma máquina realmente capaz de passar roupas utilizando inteligência artificial. O robô estava em desenvolvimento há três anos.

Apenas agora eles chegaram ao fim da “linha de montagem” que é passar roupa. O último passo foi introduzir a habilidade de passar uma camisa depois de analisar as nivelações na peça de roupa à sua frente graças a dois sensores Kinect, da Microsoft.

Outros artigos já descreviam outras partes da tarefa, que incluíam a capacidade de pegar a roupa, reconhecê-la e colocá-la sobre uma superfície para que pudesse ser passada. Para ajustar sua pegada, ele faz uma comparação dos movimentos da roupa com a simulação que ele tem em seus bancos de dados, permitindo reconhecer a diferença entre como os tecidos se comportam.

Infelizmente, no entanto, você não vai poder ter um robô passando suas roupas, pelo menos por enquanto. A real ideia do trabalho da equipe era criar uma forma de lidar com objetos moles e imprevisíveis, o que pode ser aplicado em outros projetos que não envolvam, necessariamente, roupas sendo passadas, já que o robô em questão ainda é muito mais lento que um humano experiente.

“Se você tem um objeto que não tem um conjunto rígido de estados, você precisa de um jeito para modelá-los para lidar com eles. O que nós fomos capazes de fazer foi modelar estes objetos”, explica Peter Allen, professor e pesquisador que coassina o artigo. “Você pode pensar em trabalhos com cordas e cabos”, conta ele, também adicionando que a produção de comida com robôs também se beneficiaria da prática.

Via Motherboard

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital