Faz tempo que as bicicletas deixaram de ser “apenas bicicletas”. Atualmente o esporte envolve muita ciência e tecnologia, o que possibilita modelos específicos para cada ambiente e situação. As opções vão desde um padrão ideal para subir montanhas (“Climbing”) até outro perfeito para corridas contra relógio (“Time-Trial”). Passando também pela “faz tudo” (“Aero”), que como o próprio nome diz, se adapta em qualquer circunstância.
Esses três tipos são as principais bikes do Tour de France. O portal Wired fez um guia de cada uma delas.
Aero Bike
A bicicleta Aero nasceu no meio dos anos 80 para proporcionar benefícios aerodinâmicos. Quanto melhor ela “deslizar no ar”, ou seja, quanto menor é o gasto aerodinâmico, maior será a economia de energia do ciclista – independente do seu peso.
As desvantagens desse equipamento é que elas são mais pesadas que suas concorrentes e menos confortáveis, já que as estruturas são projetadas com perfil e rigidez para economia de energia como prioridade.
Os últimos cinco anos foram promissores para a Aero. Houve um grande salto no desenvolvimento tecnológico e na quantidade de modelos disponíveis no mercado.
No Tour de France, as modernas aero-bikes serão utilizadas para fases mais longas e planas. Estudos mostram que ela pode ser até quatro minutos mais rápida em um percurso plano de 40km, como nas fases sprint, que a força aerodinâmica é essencial para a vitória.
Climbing Bike (Bicicleta para subida)
Essa bicicleta é pensada para pessoas que devem passar horas pedalando para subir uma montanha, então ela precisa ser leve, mas não mais que 6,8kg – peso determinado pelo órgão regulador do ciclismo (UCI).
Em um mundo onde cada segundo e cada grama fazem a diferença, nove entre dez ciclistas desse estilo vão preferir o equipamento mais leve. Apesar desse modelo possuir o menor peso, ele também apresenta a maior estrutura. Além disso, as rodas não são tão profundas.
As vantagens da bicicleta aerodinâmica surgem em um terreno mais plano. Já em terrenos com a inclinação maior que 6% – como a famosa fase do Alpe d’Huez que possui inclinação de 8% a 11% e o Mont Ventoux, com 8% – a bicicleta de montanha é a ideal.
Time-Trial Bike (Bicicleta Contra-Relógio)
Em uma corrida time-trial, os corredores competem contra o relógio para concluir o percurso no menor tempo possível. Esse é um dos tipos mais conhecidos tipos de corrida, e normalmente, o corredor mais forte e na melhor posição aerodinâmica é o vitorioso.
Para esse modelo, o ideal é criar a bicicleta mais leve, rígida, aerodinâmica e confortável possível. Infelizmente, os objetivos competem entre si: o design da bicicleta aerodinâmica aumenta o peso, enquanto as bicicletas de escalada comprometem a aerodinâmica.
A bicicleta TT é uma ferramenta aerodinâmica especializada. Assim que o corredor ultrapassa os 15km/h, a maior força a ser enfrentada é o arrasto, e quanto mais rápido ele pedala, maior é a resistência. Por isso, esse tipo é usado preferencialmente em corridas planas, quando a diferença entre os dez primeiros é de apenas alguns segundos.
Fonte: Wired