Com o lançamento do Apple TV+, serviço de streaming de vídeo da Apple, cada vez mais próximo, as expectativas e, consequentemente, as especulações sobre os bastidores do trabalho da empresa no setor audiovisual aumentam. Um dos rumores diz que o CEO, Tim Cook, e o vice-presidente sênior de software e serviços, Eddy Cue, interferiam nos roteiros das produções originais da plataforma.

Cue desmentiu o boato em uma entrevista ao portal da revista GQ americana, publicada nesta segunda-feira (1º). “Nunca houve uma nota”, diz, em referência à especulação de que ele e Cook deixavam notas em roteiros do Apple TV+. Além disso, Cue conta que ele e os outros executivos “deixam [sozinhos]” os produtores do serviço para desenvolver o conteúdo original.

Previsto para chegar ao público no fim do ano, a plataforma vai ter produções originais e reunir o catálogo de múltiplos serviços de vídeo, como HBO, Showtime e CBS. O executivo nega, ainda, as alegações de que a Apple tem se afastado de conteúdo para o público adulto. Para rebater a crítica, argumenta que o “The Morning Show”, estrelado pelas atrizes Jennifer Aniston e Reese Witherspoon, vai abordar temas e ter linguagem e outros aspectos “definitivamente não apropriados” para crianças.

Apesar de as declarações indicarem que, ao contrário dos rumores, a Apple parece não opinar demais no andamento dos conteúdos originais, alguns usuários se preocupam com a própria escolha dos programas. Uma das críticas é a ausência de propostas com temas mais ousados e polêmicos — o que é comum no catálogo da Netflix, por exemplo.

Outra diferença entre a Apple TV+ e sua maior rival, a Netlix, é a quantidade de originais que a dona da maçã pretende produzir. Em uma entrevista ao The Times, Cue afirma que a intenção é concentrar em qualidade, não em quantidade. A companhia, diz ele, “não criará o maior número de conteúdos originais, mas sim os melhores”. Ainda assim, ele afirma que a empresa planeja lançar novos títulos mensalmente depois que a plataforma chegar ao mercado.

Via: Engadget