O sistema de conexão de 5G já está em funcionamento em diversas partes do mundo, mas parece que, no Brasil, ele vai demorar um pouco mais. Segundo o diretor de Relações Institucionais e Assuntos Corporativos da Telefônica Vivo, Enylson Camoseli, será necessário cinco vezes mais antenas para que o sistema funcione. A declaração foi feita durante o 57° encontro Tele.Síntese, da Momento Editorial.

Segundo Enylson, a União deve entender as necessidades do 5G para que as expansões de infraestrutura necessárias sejam feitas antes do leilão de seu espectro, sob o risco de a tecnologia não funcionar completamente por aqui. Caso isso não aconteça, corremos o risco de ficar atrás de muitos países que já possuem o 5G funcionando efetivamente.

Ele ainda disse: “Se não houver uma harmonização, o país vai pagar com a ineficiência da produtividade e vai pagar com a não implementação plena do 5G, que é uma tecnologia transformadora dos meios de produção.”

Atualmente, o país conta com 90 mil antenas de telecomunicação instaladas, o que, segundo Enylson, é um número insuficiente para o que demanda a tecnologia de conectividade de quinta geração. Ainda segundo ele, a legislação deve acompanhar todas as alterações tecnológicas e que as leis atuais tratam esse setor como se estivesse 15 anos no passado.

O diretor de Políticas Públicas da Tim Brasil, Marcelo Mejias, observou que para que seja realizada a universalização da banda larga e o ingresso total do país no 5G, será necessário um investimento de 300 bilhões de reais.

Via: Telessíntese