Hacker é condenado após perder pendrive enquanto atirava coquetel Molotov

Brecht S. foi acusado de fazer parte do grupo Anonymous na Bélgica
Renato Santino25/06/2019 01h35

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Notícias de hackers presos por ações cibercriminosas não são incomuns, mas vez ou outra uma história sobre como eles foram identificados e condenados chama a atenção. É o caso de um homem identificado como Brecht S. que foi rastreado após deixar cair um pendrive em uma manifestação na Bélgica.

Como informa o ZDNet, Brecht havia sido preso inicialmente em 2014 sob a acusação de atirar um coquetel Molotov contra um escritório do Crelan Bank na cidade de Rumbeke, na Bélgica. No entanto, o pendrive encontrado na cena do crime acabou levando a uma série de descobertas sobre sua atividade como membro do grupo Anonymous no país.

O homem, hoje com 35 anos, foi além da ação direta contra um escritório físico do banco. Em mais de uma ocasião ele disparou ataques de negação de serviço (os famosos ataques DDoS) contra os servidores do banco, o que fez com que sua operação fosse prejudicada por horas.

Em sua defesa, Brecht diz que os ataques contra o banco haviam sido uma retaliação. Ele diz que 300 mil euros sumiram da conta bancária de sua mãe após a morte do seu pai; diante dessa situação e da suposta recusa de funcionários em recebê-lo para discutir o caso, ele decidiu iniciar seus ataques ao banco.

Nem todos os seus ataques eram tão nobres assim, no entanto. A investigação policial revelou que ele tinha o hábito de realizar ataques DDoS contra instituições menores, como foi o caso de uma pizzaria. Brecht cobrava um resgate para que o site da empresa pudesse voltar a funcionar normalmente.

Além do Anonymous da Bélgica, Brecht também fazia parte de um outro grupo hacker chamado Cyber Crew. Também foram encontradas evidências de que ele fazia parte de uma série de ataques maiores, tendo entre seus alvos a Fifa na época da Copa do Mundo de 2014.

Como resultado, Brecht foi condenado a passar 18 meses na prisão e pagar uma multa de 3 mil euros pelos cibercrimes. Além disso, ele também precisará cumprir pena de 3 anos pelo coquetel Molotov.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital