Um tribunal de Londres anunciou nesta sexta-feira (14/6) que a audiência para decidir a extradição de Julian Assange, fundador do Wikileaks, para os Estados Unidos foi agendada. Ela ocorrerá no dia 25 de fevereiro de 2020.
A juiza Emma Arbuthnot ordenou a realização de uma audiência completa de extradição, prevista para durar cinco dias. Assange, de 47 anos, disse aos juízes de Westminster, através de vídeochamada, que “175 anos da minha vida estão efetivamente em jogo”, e expressou sua preocupação com a possível sentença por 18 acusações. Ele ainda defendeu seu site contra as alegações de hackers, afirmando: “O WikiLeaks não é nada além de um portal”.
Evidências mostraram que o hacker australiano “primeiro encorajou” a ex-analista de inteligência do Exército dos EUA, Chelsea Manning, a obter documentos ilegalmente, e então concordou com ela em “quebrar” uma senha em um computador do Pentágono. Os documentos dizem respeito às guerras no Iraque e no Afeganistão e informações sobre fontes secretas de inteligência.
A equipe de defesa de Assange classificou o caso de extradição dele para os EUA como “um ataque ultrajante e frontal aos direitos jornalísticos”.
Atualmente ele está na prisão de Belmarsh, nos arredores de Londres, cumprindo uma sentença de 50 semanas, por violar as condições de uma fiança para em 2011. Seus partidários o aclamam como herói, por expor o que descrevem como abuso de poder pelos Estados modernos e por defender a liberdade de expressão.
Ele passou sete anos dentro da embaixada equatoriana em Londres antes de ser entregue às autoridades britânicas pelo próprio Equador em abril. No mês passado, promotores suecos reabriram a investigação sobre uma acusação de estupro contra Assange, que ele nega.
Via: Genbeta