O celular do ministro da Justiça Sérgio Moro foi hackeado nesta terça-feira, 4. A Polícia Federal assumiu a investigação do caso para tentar descobrir a origem do ataque, que permitiu acesso às contas do juiz em aplicativos de mensagens por cerca de 6 horas.
Como informa a Folha de S. Paulo, o ministro chegou a reparar em algo estranho quando, por volta das 18h da terça-feira, recebeu uma ligação do seu próprio número. Ao atender, não houve qualquer resposta do outro lado da linha.
Sabe-se também que o autor do ataque usou a conta de Telegram do ministro para enviar mensagens em seu nome até a 1h da madrugada desta quarta-feira, 5. Não se sabe até o momento o teor das mensagens enviadas em seu nome e qual era o objetivo dos hackers.
Também não se sabe até o momento qual foi o método usado pelo cibercriminoso para ter acesso ao celular de Moro. Normalmente, no entanto, esse tipo de ataque utiliza uma técnica chamada “SIM Swap”, que envolve o “sequestro” do número telefônico de uma vítima utilizando contatos dentro de operadoras de telefonia. Uma vez em controle do número, não é difícil acessar contas em aplicativos de mensagens que usem essa informação como método de autenticação, especialmente se a vítima não configurou alguma forma de verificação em duas etapas.