Após os diversos escândalos de violação de privacidade envolvendo o Facebook (olá, Cambridge Analytica!) terem sido descobertos, a rede social passou por uma série de processos de investigação em várias países mundo afora. Afinal de contas, foram vazadas informações de mais de 87 milhões de usuários.

Agora, um juiz dos Estados Unidos chamado Joseph Slights, ordenou que a empresa entregue e-mails de acionistas e outros registros que comprovem como eles tratavam as questões envolvendo a privacidade dos usuários. Essa medida foi tomada, pois, para o juiz, os acionistas fazem parte de uma “base crível”, que pode ser usada como uma confirmação de que os executivos da rede social estavam cometendo irregularidades em relação às violações de privacidade praticadas pelo Facebook.

Em outra ação judicial, já havia sido informado que os executivos da empresa haviam sido alertados do uso ilegal dos dados dos usuários. Entretanto, eles foram bastante categóricos em informar que ficaram sabendo de tudo pela imprensa. 

O escândalo do Cambridge Analytica foi descoberto em 2018. A empresa usou um aplicativo chamado “thisisyourdigitallife” dentro do Facebook, para coletar dados de 50 milhões de usuários, que teriam sido usados, inclusive, durante o período de campanha do atual presidente Donald Trump. O que deixa o caso mais grave, é que, na época em que isso ocorreu, o Facebook estava em um acordo com a Comissão de Comércio Federal dos EUA, quando a empresa havia assegurado que iria reforçar suas medidas de segurança de dados.

Ao serem procurados para comentar a questão, os advogados da rede social e dos acionistas não se pronunciaram.

 Via: Jornal do Brasil