O Airbnb e a cidade de Nova York se envolveram em uma disputa de alto potencial inflamável. A rede de hospedagem online quer legitimidade em seu mercado, enquanto as autoridades da cidade querem limitar as plataformas de compartilhamento de residências do gênero, argumentando que elas exacerbam a crise imobiliária e representam riscos para a segurança, permitindo que as pessoas transformem as casas em hotéis ilegais.
Em 14 de maio, o Airbnb concordou em fornecer às autoridades municipais da “Big Apple” dados parciais e de reserva para mais de 17.000 listagens. Dois dias depois, um juiz ordenou que a Airbnb entregasse informações mais detalhadas e não-anonimizadas sobre dúzias de anfitriões e centenas de usuários que listaram ou permaneceram em mais de uma dúzia de edifícios em Manhattan, Brooklyn e Queens nos últimos sete anos.
Um representante da Airbnb disse ao portal Wired que a empresa espera que honrar as intimações fosse um “primeiro passo” em direção aos regulamentos da cidade e que estivessem alinhados com seus direitos e obrigações. Ele também alegou que isso “reforça” as preocupações com a privacidade, fazendo com que a cidade mostre à corte por que precisava de informações mais detalhadas. A empresa havia anteriormente caracterizado as intimações como “excessivas e pesadas”.
Isso não representa um fim definitivo para a briga entre Airbnb e Nova York, mas pode ter uma influência sobre como a cidade trata os serviços de aluguel de casas para curtas temporadas. A metrópole se preocupa com o serviço de hospedagem informal, por ter problemas ao permitir que inquilinos e proprietários de terra transformem os apartamentos em quartos de hotel improvisados, impedindo que os residentes permanentes possam locar esses locais. As informações do Airbnb poderiam ajudar a cidade norte-americana a determinar a escala dessa prática e processar os infratores.
Outras cidades já passaram pela mesma situação. São Francisco adotou uma política semelhante a Nova York, enquanto Las Vegas fez ajustes no Airbnb com algumas regulamentações rígidas para proteger sua indústria hoteleira. Já países como o Japão cortaram 80% do serviço devido as novas leis.
Via: Engadget