Após uma investigação da Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA), a Apple terá que ser mais clara sobre o impacto que as atualizações do iOS terão no desempenho e na duração da bateria do iPhone.
De acordo com a CMA, a empresa da maçã “notificará as pessoas quando for esperado que a nova versão do software tenha impacto sobre o desempenho dos smartphones após uma atualização”.
A CMA também disse que “a Apple fornecerá informações facilmente acessíveis sobre a saúde da bateria e desligamentos inesperados, junto com orientações sobre como os usuários podem maximizar a saúde da bateria do telefone”. Entretanto, não ficou claro se isso está se referindo às informações de gerenciamento da bateria já incluídas no iOS ou se a Apple expandirá isso para incluir mais informações.
A medida parece interessante, mas é simbólica ao mesmo tempo. Sabemos que, a menos que a Apple deixe a mensagem bem clara e acessível, é improvável que os usuários de iPhone a leiam — principalmente, se estiver enterrada nos “termos legais”. Outro ponto é a linguagem que a empresa mais valiosa do mundo adotará. Será que todos serão capazes de entender, em termos práticos, o que significa dizer que o iPhone ficará 10% mais lento?
Além disso, caso as pessoas fiquem adiando a instalação de atualizações do iOS — porque elas afetarão negativamente o desempenho —, isso colocará em risco os dados dos próprios usuários. O problema real não é que as atualizações do iOS estão retardando os hardwares mais antigo, mas sim o modo como a Apple elimina as atualizações.
No momento, se quisermos atualizar o hardware do iOS, temos que fazer o download da versão mais recente do iOS. Isso é simples para quem tem um dispositivo mais novo, já que ele obtém novos recursos e atualizações de segurança em um único pacote. No entanto, para aqueles que possuem um hardware mais antigo, isso cria um problema. Para ter atualizações de segurança ou correções de erros, esses usuários não têm outra escolha senão baixar e instalar o pacote inteiro — o que é inviável por questões como espaço, por exemplo.
O que a Apple precisa fazer é oferecer atualizações de segurança e correções de bugs separadamente. Isso permitiria que aqueles que não conseguem instalar atualizações inteiras do iOS ainda tivessem, ao menos, acesso a correções para manter seus iPhones seguros e com o mínimo de prejuízos.