Pesquisadores concluem: maior parte do conteúdo da Deep Web é criminoso

Renato Santino02/02/2016 19h11

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O Tor é uma ferramenta neutra. É um serviço que promete navegação anônima e privada pela internet e acesso a sites que não seriam acessíveis de quaisquer outras forma (a Deep Web). Ele é mantido por organizações legítimas que defendem seu papel democrático de superar a vigilância e permitir liberdade de expressão em ambientes opressores. No entanto, ele é usado para o crime, mesmo.

É a conclusão tirada de um artigo de dois pesquisadores da King’s College em Londres. Os resultados do estudo concluem que o uso mais comum dos sites nos serviços ocultos do Tor são criminais, “incluindo drogas, transações e pornografia envolvendo violência, crianças e animais”, explicam Daniel Moore e Thomas Rid.

Durante um período de 5 semanas, a dupla analisou os serviços da rede Tor, encontrando 5.205 sites ativos, entre os quais 2.723 puderam ter seu conteúdo classificado. Destas páginas, 1.547 hospedavam conteúdo ilegal, totalizando cerca de 57%.

Para fazer os testes, os pesquisadores usaram um script web crawler, que funciona de forma parecida com o indexador do Google. O script entrava em sites ocultos conhecidos e encontrava outros links para sites da deep web; em seguida, o conteúdo destas páginas era analisado e classificado em categorias por um algoritmo.

Os pesquisadores reconhecem, no entanto, que podem existir muito mais sites que não foram encontrados por não estarem indexados nas páginas de referência da Deep Web. No entanto, o objetivo deles foi exatamente esse: descobrir o conteúdo que é mais facilmente acessível para uma pessoa comum na rede oculta. Neste caso, a maioria do material é criminoso.

Via Motherboard

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital