Saiba como é o processo de fabricação de uma bateria de celular

Renato Santino22/02/2019 21h32, atualizada em 23/02/2019 22h00

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Hoje podemos dizer que temos muito mais liberdade em tudo que fazemos, porém é certo que esta é uma “liberdade” controversa, já que também estamos cada vez mais dependentes. Afinal de contas o que todos nós realmente queremos é aumentar a nossa mobilidade, com menos fios e mais tempo longe das tomadas. Mas, para isso, a gente depende de um componente essencial para o fornecimento de energia; sim, baterias. Seja no smartphone, no notebook e, mais recentemente, nos carros elétricos, sem bateria, voltamos a estaca a zero: sem liberdade, sem mobilidade. Pode até parecer exagero, mas é assim que funciona e não é de agora!

A China domina a produção mundial de baterias para todo e qualquer dispositivo eletrônico – de celulares e veículos elétricos. Os chineses estão na vanguarda da tecnologia de desenvolvimento de baterias. Pouca gente sabe, mas uma bateria é um item bem mais complexo do que aparenta ser. A maioria de nós só se preocupa mesmo quando a carga do celular está próxima do fim. Aí bate aquele desespero… Pois fique sabendo que há muito mais nos bastidores dessa indústria que está em constante evolução. A busca é incansável atrás de baterias mais seguras, menores e com maior autonomia.

Olhando assim, uma bateria de celular como esta parece simples…até demais. Por dentro, é pura química. Mas isso é só o que seus olhos conseguem ver…

Sem um controle eletrônico, qualquer bateria é uma bomba em potencial. Não assuste, mas é isso mesmo! É exatamente por isso que toda bateria requer um sistema eletrônico inteligente de gestão. Proteção e segurança dependem da eletrônica.

No final do ano passado, o Brasil ganhou uma nova fábrica de baterias para smartphones. Além de outras semelhantes já em operação em Manaus, esta fica em Atibaia, no interior de São Paulo. O país ainda não tem tecnologia para a produção das células, que hoje são importadas da Ásia. Mas, por aqui, com tecnologia de ponta e automação de nível chinês, as fábricas se limitam a montar, empacotar e desenvolver a parte “inteligente” das baterias

Na nova fábrica, o processo de fabricação da bateria conta com robôs para automatizar alguns passos e pessoas capacitadas para, no final, criar uma bateria segura e pronta para turbinar um celular! Além disso, aqui eles desenvolvem essa peça minúscula – um circuito de proteção que possibilita a conversa entre a bateria e o smartphone.

Antes da minuciosa inspeção final, as baterias passam até por um raio-x para identificar qualquer deformação mínima nas camadas internas.

Provavelmente ainda vai levar alguns anos para que a gente possa ver células de baterias sendo produzidas por aqui, mas desenvolver toda a inteligência embarcada na placa eletrônica que controla as baterias já é uma independência de extrema importância para o país.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital