Campus Party: profissões como conhecemos devem desaparecer, aponta especialista

Redação29/01/2016 20h51, atualizada em 29/01/2016 20h55

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Os sistemas estão cada vez mais inteligentes e, nos últimos anos, têm conquistado capacidades que se igualam – quando não conseguem superar- a dos seres humanos. Mas será que as máquinas realmente conseguirão substituir as pessoas? Para responder a esse questionamento, a organização da Campus Party 2016 convidou Daniel Susskind, autor do livro “O Futuro das Profissões, professor e pesquisador do Balliol College, em Oxford, no Reino Unido. Para o especialista, não há dúvidas: “No futuro haverá um declínio no numero de profissionais humanos, mas nem tudo está perdido”.

Dois caminhos, um futuro
“Hoje, há pessoas que usam a tecnologia apenas para tornar o trabalho tradicional mais eficiente, como é o caso dos médicos que usam o Skype para se comunicar com os pacientes. Outras, no entanto, usam essas novidades para mudar a maneira como as tarefas são desempenhadas. No futuro, a tendência é que esse se torne o caminho mais forte”, explica o autor.

Máquinas: melhores do que os humanos
Os sitemas estão se tornando cada vez mais inteligentes e se tornando capazes de executar tarefas que antes os seres humanos faziam. Eles conseguem até identificar as emoções das pessoas e sabem como lidar com o usuário de acordo com o que ele sente. “O que é preciso levar em conta é que, apesar de não pensarem como os seres humanos, as máquinas são capazes de mas conseguem realizar as tarefas de um jeito melhor do que fazemos”, diz o palestrante.

Será o fim das profissões?
Atualmente, há um temor de que os avanços tecnológicos tomem o lugar das pessoas e acabem com as profissões. Por outro lado, muita gente também diz que surgirão novos empregos e que há coisas que só as pessoas fazem. “Eu acho que ambos têm razão. Os pessimistas estão certos em pensar que as máquinas estão mais capazes de fazer as tarefas que existem hoje em dia, mas estão errados em ignorar que há novas tarefas para fazer no futuro. Os otimistas estão certos ao pensar que haverá novas tarefas para fazer no futuro, mas estçai errados em pensar que as pessoassão melhores do que as máquinas em desempenhar as tarefas”, explica.

De acordo com o pesquisador, no futuro o que haverá é uma mudança nas tarefas desempenhadas por cada profissional. “O trabalho evolui. Um enfermeira faz hoje um trabalho muito mais complexo do que fazia ha 25 anos. É isso o que deve acontecer”, declara.

O autor explica, no entanto, que nas próximas décadas as máquinas devem se tornar cada vez mais inteligentes, até mesmo em áreas criativas e na tomada de decisões, algo que atualmente os humanos fazem melhor.

Por outro lado, Susskind questiona sobre a escolha das pessoas. “Já sabemos que as máquinas poderão realizar até as tarefas mais complexas, mas queremos que elas o façam? Há questões morais que nos fazem preferir uma pessoa a uma máquina? Queremos que elas tenham controle sobre vida e morte, por exemplo? Essa é a questão”, afirma.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital