Samsung encerra parceria com marca ‘pirata’ de roupas após repercussão negativa

Renato Santino04/02/2019 17h19

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No final do ano passado, a Samsung confundiu o mundo ao anunciar uma parceria com a marca de roupas Supreme ao anunciar o Galaxy A8s na Ásia. O problema foi que o acerto foi feito com a versão “pirata” da marca, a Supreme Italia; diante da repercussão negativa, a gigante coreana decidiu cancelar o acordo.

Para quem não se lembra, a Supreme Italia é uma empresa que se aproveitou do fato de que a Supreme original, nascida em Nova York, esqueceu de registrar sua marca em vários pontos do mundo. Assim, a versão italiana da empresa ganhou os direitos de uso do nome e da identidade visual mesmo tendo sido criada depois; entre as regiões em que a marca “alternativa” está habilitada a operar está a China e a maior parte da Ásia, a região onde foi lançado o Galaxy A8s.

A parceria foi vista com maus olhos desde o início, o que fez com que a Samsung anunciasse que iria “reavaliar” o acordo dois dias depois de realizar o anúncio. Agora, cerca de dois meses depois, a coreana bateu o martelo para colocar um fim na parceria.

“A Samsung Electronics tinha mencionado previamente a colaboração com a Supreme Italia no evento de lançamento do Galaxy A8s na China em 10 de dezembro. Agora, a Samsung Electronics decidiu encerrar esta colaboração”, diz o comunicado publicado nos canais oficiais da rede social chinesa Weibo com tradução do site Engadget.

Samsung não foi pega de surpresa

A parceria da Samsung com a Supreme foi estranha desde o começo, o que levou muitos a questionarem se a coreana sabia que estava fechando um acordo com uma marca “pirata” ou se a empresa havia sido ludibriada. Ao que tudo indica, a Samsung sabia de tudo desde o começo.

“A marca com que estamos colaborando é a Supreme Italia, e não a Supreme US. A Supreme US não tem autorização para vender ou promover na China, enquanto a marca italiana tem a autorização de vender e promover seus produtos na APAC (sigla para Ásia-Pacífico)”, disse Leo Lau, gerente de marketing da Samsung, quando questionado sobre o tema.

A Supreme dos Estados Unidos havia manifestado seu desagrado com o acerto entre sua versão italiana alternativa desde o começo. “A Supreme não está trabalhando com a Samsung, abrindo uma loja conceito em Pequim ou participando de um desfile. Essas afirmações são descaradamente falsas e propagadas por uma organização pirata”, dizia o comunicado publicado na época do anúncio entre as empresas.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital