Em apenas quatro anos, a criação de imagens por tecnologias de Inteligência Artificial (AI) passou de fotos borradas, em preto e branco e granuladas, para imagens coloridas, bem definidas e praticamente impossíveis de reconhecer se são verdadeiras ou falsas. Você duvida?

Olhando para a imagem abaixo, quais expressões você diria serem de pessoas reais e quais diria serem apenas gerações com base em treinamento de programas AI?

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Se você achou que pelo menos uma imagem é de uma pessoa real, então você está errado, pois todas as imagens foram criadas por uma inteligência artificial em cima de um banco de dados. Isso mesmo, nenhuma destas pessoas é real, este é o nível de detalhamento que chegamos em quatro anos de avanços na área de geração de imagens.

Na segunda imagem, podemos ver como evoluímos de 2014 para 2018. Os rostos em preto e branco, à esquerda, representam os resultados de geração de imagem por AI em 2014. Já as faces coloridas, e bem definidas, à direita, correspondem aos resultados atingidos em 2018.

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De acordo com o canal The Verge, as imagens em preto e branco foram publicadas em um estudo de 2014, o qual introduziu a ferramenta de inteligência artificial conhecida como Generative Adversarial Networks ou GANs. Já as fotos coloridas e mais avançadas, também fazem parte de um estudo sobre GANs, mas divulgado recentemente pelos pesquisadores da Nvidia.

A Nvidia diz ter feito uma modificação da arquitetura GAN básica para criar as imagens, e usou o mesmo método de aprendizado de máquina que aplicativos como o Prisma usam, ou seja, cria um filtro baseado em uma imagem e aplica sobre a outra.

Abaixo, vemos esse processo em ação. Na linha superior temos imagens de pessoas reais, que servem de “imagem de origem”, que são submetidas às características faciais de outra pessoa (coluna da direita). Fazendo uma espécie de sobreposição, os traços como a cor da pele e do cabelo são misturados. E como resultado, temos a geração do que parece ser uma pessoa totalmente nova:

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A evolução desta tecnologia em quatro anos é realmente surpreendente e, ao mesmo tempo, preocupante. Se hoje falamos sobre o avanço das notícias falsas e sobre como é difícil mantê-las sob controle, o uso de técnicas como a GAN pode nos levar às notícias falsas 2.0, ou a deepfakes ainda mais elaboradas.