O Google vai desligar o Google+ antes do esperado. A empresa havia anunciado que a rede social seria definitivamente fechada em agosto de 2019 após a descoberta de um vazamento de dados, mas decidiu antecipar a ação em quatro meses. O motivo? Mais um vazamento de dados dos usuários.
A falha foi informada pela própria empresa, que conta que 52,5 milhões de usuários foram afetados. Devido a esse problema, dados pessoais vinculados ao perfil como nome, endereço de e-mail, ocupação e idade ficaram acessíveis a desenvolvedores de aplicativos vinculados ao Google+, mesmo que esses dados estivessem configurados como privados. Também era possível aos aplicativos acessar dados de perfis que foram compartilhados com pessoas específicas, mas que não foram disponibilizadas publicamente. A companhia diz não ter encontrado evidências de que desenvolvedores tenham aproveitado a falha de forma indevida.
É a segunda brecha do tipo descoberta neste ano, o que fez o Google perceber que tinha pouco a ganhar e muito a perder com o Google+. O serviço nunca ganhou popularidade com o público, mas sua pura existência poderia colocar a companhia no centro de um escândalo como o da Cambridge Analytica enfrentado pelo Facebook, no qual um abusou da flexibilidade na coleta de dados de usuários da rede social.
Na primeira falha, o Google descobriu que a brecha permitiu acesso indevido a informações de 500 mil usuários por um período de três anos, apesar de a empresa não ter encontrado evidências de que a vulnerabilidade tenha sido explorada. No entanto, a empresa foi criticada porque o bug foi descoberto em março, mas o público só foi informado em outubro, o que gerou reclamações de falta de transparência. Desta vez, o Google diz que a falha foi descoberta por conta própria no dia 7 de novembro e corrigida no dia 13.
Diante deste novo problema de privacidade, o Google optou por encerrar o Google+ em abril em vez de agosto. Além disso, as APIs que permitem com que outros aplicativos se conectem à rede social serão encerradas dentro de 90 dias.