O Google não anda sendo muito bem recebido no “Velho Mundo”. Após ter sido condenado a pagar 4,3 bilhões de euros em multa à União Europeia, a empresa agora foi processada por associações de defesa do consumidor em sete países europeus e também pelo governo na Rússia.
A acusação é de que o Google não respeitou a GDPR, uma leia assinada este ano na União Europeia e que determina como empresas de tecnologia podem ou não explorar dados coletados de usuários. O caso inspirou a aprovação da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil.
Segundo a Organização Europeia dos Consumidores (BEUC, na sigla em inglês), que representa os grupos que abriram o processo, o Google usa “práticas enganosas” para rastrear e coletar dados de usuários com o objetivo de vender alcance publicitário para seus clientes.
A ação é motivada pelo fato de que o Google continua rastreando o GPS de usuários mesmo quando a função “Histórico de Localização” está desativada. Para interromper todo tipo de rastreamento, o usuário precisa acessar as configurações da sua conta e desligar outra função também.
O Google argumenta que a opção de “Histórico de Localização” é mantida desligada por padrão, e diz que a empresa avisa usuários quando a opção é desligada de que isso não impede o rastreamento por completo. Mesmo assim, a corporação diz que vai analisar o caso, segundo o The Verge.
Cada processo contra o Google foi aberto em um país diferente da Europa: República Tcheca, Grécia, Noruega, Eslovênia, Suécia, Holanda e Polônia. Além disso, o governo da Rússia abriu uma ação civil contra o Google por outro motivo não relacionado à privacidade de usuários.
De acordo com a agência Reuters, a Rússia acusa o Google de não ter removido certos links dos seus resultados de pesquisa, contrariando uma ordem do governo local. Se for condenado, o Google pode ter que pagar o equivalente a US$ 10 mil. A empresa se negou a comentar o assunto com a imprensa.
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