A Apple está investigando novas denúncias, em que um de seus fornecedores de peças para sua linha de smartwatches – baseado em Hong Kong – estaria usado, ilegalmente, estudantes do ensino médio para trabalhar em sua linha de montagem. As informações são da versão online do jornal Financial Times.
De acordo com a publicação, o grupo de direitos humanos Sacom alega que a fabricante taiwanesa Quanta Computer tem driblado leis trabalhistas chinesas usando adolescentes como “estagiários” para montar o Apple Watch Serie 4.
A Sacom entrevistou cerca de 30 estudantes do ensino médio que estavam trabalhando na fábrica da Quanta, na cidade de Chongqing, na China, e descobriu que muitos deles estavam trabalhando na linha de montagem da companhia. Um deles afirmou que havia aproximadamente 120 alunos na unidade, realizando os mesmos procedimentos repetidas vezes, “como um robô”.
Outro grupo de estudantes relatou ter sido obrigado a trabalhar durante a noite, o que é ilegal de acordo com as leis trabalhistas chinesas. Eles foram enviados para as fábricas pelos professores, que teriam dito que os estudantes não se graduariam se não completassem os estágios, segundo depoimentos.
Esta não é a primeira vez que a Apple investiga alegações envolvendo trabalho ilegal em sua cadeia de suprimentos. No ano passou, descobriu que a Foxconn, sua principal fornecedora, estava usando estudantes em suas linhas de montagem por mais de 11 horas por dia. Ainda que o regime de horas extras não tenha sido imposto aos trabalhadores adolescentes, eles estavam trabalhando além do limite de 40 horas semanais imposto pela lei chinesa.