Nesta segunda-feira, 20, surgiu na imprensa internacional a notícia de que a Intel teria desistido de lançar processadores da linha Core de 10 nanômetros. A empresa, porém, veio a público negar que este seja o caso, reforçando que eles devem ser lançados em 2019.
A geração conhecida como Cannon Lake estava originalmente agendada para estrear em 2016. A Intel adiou o lançamento diversas vezes por problemas técnicos no refinamento do processo de 10 nanômetros. Neste período, concorrentes como Qualcomm, Huawei e Samsung já lançaram os próprios chips fabricados neste processo.
Uma matéria publicada pelo site SemiAccurate com base em fontes anônimas indicou que a Intel teria desistido dos processadores Cannon Lake. Mas, pelo Twitter, a empresa negou.
Media reports published today that Intel is ending work on the 10nm process are untrue. We are making good progress on 10nm. Yields are improving consistent with the timeline we shared during our last earnings report.
— Intel News (@intelnews) 22 de outubro de 2018
“Reportagens publicadas na mídia hoje dizendo que a Intel está interrompendo o trabalho no processo de 10 nm são falsos. Estamos fazendo um bom progresso em 10 nm. A produção está melhorando de forma consistente com o cronograma que compartilhamos durante nosso último relatório trimestral”, disse a Intel.
No seu último relatório trimestral, a empresa garantiu que os processadores de 10 nanômetros ficarão prontos em 2019. No começo deste ano, porém, a Intel chegou a fazer pelo menos um SoC disponível comercialmente no processo, um Core i3-8121U feito para um notebook da Lenovo lançado na China.
Desde então, a empresa tem tido problemas para estabelecer uma linha de produção em massa de chips em 10 nm para toda a linha Core, incluindo o i5, i7 e o i9. A Intel corre contra o tempo para retomar a liderança do mercado, enquanto clientes de peso como Apple e Microsoft flertam cada vez mais com concorrentes.
A Apple, por exemplo, pode parar de usar processadores da Intel em futuros MacBooks e iMacs, dando preferência a componentes desenhados internamente. Já a Microsoft vem trabalhando para tornar o Windows mais amigável a chips ARM como os da Qualcomm, e por pouco e um de seus laptops não veio sem processador Intel neste ano.