O Conselho de decisões da Apple recomendou a seus acionistas que votassem contra uma proposta que, se aprovada, comprometeria a empresa a aumentar a diversidade étnica e de gênero de seus cargos mais elevados.

A ideia foi proposta por um acionista da empresa, Antonio Avian Maldonado II, de diz possuir US$ 2000 em ações. Se fosse aprovada, a moção obrigaria o Conselho da empresa a adotar uma “política de recrutamento acelerada” para diversificar sua composição. Ela não sugere, por outro lado, as medidas concretas a serem tomadas nesse sentido.

Todo tipo de gente

O acionista argumentou que, atualmente, o Conselho e os cargos sêniores da empresa “falham em representar adequadamente a diversidade”, por sua composição majoritariamente branca. Segundo estatísticas da própria empresa, apenas 31% de seus funcionários no mundo são mulheres (em cargos de liderança, apenas 28%). 

Em termos de composição étnica, nos Estados Unidos 54% dos funcionários da empresa são brancos, 18% asiáticos, 11% hispânicos e apenas 8% negros.  De acordo com o Guardian, em cargos de liderança, apenas 6% são hispânicos e 3% são negros.

Resistência

A proposta de Maldonado não foi bem recebida pelo Conselho da Apple, que recomendou a seus acionistas que votassem contra ela. “Acreditamos que essa proposta é demasiadamente onerosa e desnecessária porque a Apple demonstrou a seus acionistas seu comprometimento com diversidade e inclusão, que são valores essenciais da empresa”.

Segundo a empresa, seu apoio a jovens alunas e minorias étnicas, e sua política de “buscar ativamente mulheres e indivídous altamente qualificadas de grupos étnicos minoritários para incluir no grupo a partir do qual o Conselho é formado” já é mais eficiente que a proposta de Maldonado. A votação acontecerá no dia 26 de fevereiro.