Por que os notebooks precisam aposentar o lápis, o papel e a lousa nas escolas

O objetivo é fazer com que o aluno seja mais atuante na própria educação e melhorar a qualidade do ensino.
Redação02/10/2018 15h24, atualizada em 02/10/2018 15h30

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Uma sala de aula em que o lápis, o papel e a lousa foram esquecidos e o aprendizado é feito puramente através de dispositivos tecnológicos. Parece uma realidade distante para as escolas brasileiras? Não é mais! O mercado educacional está avançando cada vez mais em questão de produtos e serviços que envolverão não só os estudantes, mas também professores, gestores de escolas e redes de ensino.

Mas você sabe quais são as mudanças que de fato ocorrerão no ambiente escolar? Como referência das últimas novidades da área educacional, podemos citar alguns equipamentos e sistemas operacionais apresentados em maio deste ano na 25ª edição da Bett Educar, maior evento de educação e tecnologia da América Latina.

Na categoria de notebooks, uma característica das novidades apresentadas foi a certificação militar. Você já ouviu esse termo? A certificação militar nada mais é que uma norma estabelecida pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos que mede o nível de confiança na resistência e durabilidade de um equipamento. Essa especificação está presente em lançamentos recentes de notebooks no Brasil direcionados para a sala de aula, o que significa que o equipamento tolera quedas e suporta pressões correspondentes ao peso de um ser humano. Isso é muito importante quando o notebook for manuseado por várias pessoas, o que inclui crianças, e será transportado para vários ambientes.

Outra tendência para computadores pessoais nas escolas são os Chromebooks, que rodam o Google Chrome OS e disponibilizam mais de dois milhões de aplicativos úteis no ambiente educacional. Esses equipamentos podem ser sincronizados com o smartphone ou tablet do aluno para acessar conteúdos mesmo ao sair da escola. Tudo isso com apenas uma exigência: estar conectado a uma conta Google, já que os arquivos são armazenados na nuvem. Além disso, o teclado já tem um layout intuitivo e simples para ser utilizado por crianças.

Diante de tantas tecnologias apresentadas ao mercado brasileiro, será que demoraremos para ver esses equipamentos serem utilizados na prática? Algumas escolas daqui já vivem a realidade do uso da tecnologia no ensino. Em algumas delas, as salas de aula não têm paredes, o quadro negro foi substituído por lousas inteligentes e os cadernos foram trocados por notebooks. O objetivo de todas essas mudanças é fazer com que o aluno seja mais atuante na própria educação e melhorar a qualidade do ensino.

Fora do Brasil, na Finlândia, país que é referência mundial em educação, já existe a escola do futuro, onde os estudantes podem sentar onde quiserem e as aulas são realizadas em grupos de trabalho, para fazer com que os alunos se comuniquem e participem das aulas. Ali, existem poltronas para uso de notebooks conectados a uma rede própria que substituem as lousas. Ou seja, o uso dos laptops em salas de aulas é inevitável e teremos de nos adaptar a essa nova maneira de aprendizagem, que deve ser vista de maneira positiva.

A evolução das salas de aula não se limitará apenas ao uso de notebooks, tablets e lousas inteligentes. Isso porque já existe lá fora um kit de internet das coisas que tem como objetivo ensinar estudantes a programar e que os permite criar e controlar dispositivos conectados por tablet ou smartphone.

Diante de todas essas mudanças, é preciso abrir a mente para enxergar a tecnologia como um apoio na melhora do ensino e da aprendizagem. O Brasil precisa avançar bastante para oferecer o básico nas salas de aula antes de sofrer tamanha evolução na maioria das escolas. Mas a transformação será inevitável e poderá significar uma educação mais intuitiva e diferenciada para alunos e professores.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital