A liderança global da Samsung continua na mira das autoridades. Lee Sang-hoon, que assumiu a presidência do conselho da Samsung depois que seu antecessor foi condenado à prisão, foi indiciado na Coreia do Sul por supostamente “sabotar” um sindicato.

A acusação é de que Sang-hoon, quando era presidente de finanças da Samsung, juntamente com outras 27 pessoas, formaram uma “quadrilha” que ameaçava funcionários que se unissem a sindicatos e também fornecedoras “amigáveis” às organizações sindicais, segundo informações da Bloomberg.

O expediente foi praticado em 2013, quando funcionários do setor de atendimento ao cliente de uma unidade da Samsung na Coreia começaram a se unir para formar um sindicato. O indiciamento de Sang-hoon significa que a Justiça ainda vai marcar uma data para julgar a acusação contra ele.

O seu antecessor, Lee Jae-yong (ou Jay Y. Lee, como se apresenta no ocidente), é neto do fundador da Samsung. Ele passou cinco meses na prisão por participar de um esquema de corrupção envolvendo a ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, que foi afastada do cargo pelo mesmo motivo.

Jae-yong saiu da prisão em fevereiro deste ano, mas não voltou ao comando da empresa, sendo substituído por Sang-hoon, que agora está na mira da Justiça por outra acusação e pode ter que deixar a cadeira de presidente do conselho administrativo vaga novamente.