Depois de Nikon e Canon, agora é a vez da Panasonic entrar no ramo das câmeras profissionais mirrorless com sensores full-frame, sem espelho. Anunciados nesta terça-feira durante o evento de fotografia Photokina, os dois modelos da marca japonesa, Lumix S1R e S1, são as primeiras do tipo que conseguem gravar vídeos em 4K e a 60 frames por segundo.
Ambas vão concorrer com os aparelhos das duas rivais orientais no mercado e, mais do que isso, disputar espaço em um nicho que, até o mês passado, era dominado pela Sony. A marca era a única companhia que fabricava câmeras do tipo: a a7III e a a7RIII, bastante populares entre profissionais da área e especialmente criadores de conteúdo em vídeo.
As máquinas mirrorless têm ganhado mais a atenção desse público por serem bem menores do que as DSLR tradicionais, que carregam um conjunto de espelhos para direcionar a entrada de luz. Além disso, quando combinadas com um sensor full-frame – como é o caso dos novos equipamentos das quatro japonesas –, elas ainda são capazes de pegar mais elementos no enquadramento graças ao fator de corte diferente. Ajuda bastante na hora de gravar.
Agora, sobre as novas Panasonics…
Falando especificamente sobre os dois modelos da Panasonic, ambos seguem o padrão de montagem de lentes L-Mount, desenvolvido em conjunto com Leica e Sigma – e diferente dos seguidos pelos aparelhos da Canon, da Nikon e da Sony. Assim, além das lentes da própria Panasonic, a S1R e S1, serão compatíveis com peças das duas outras empresas.
Já estão nos planos uma lente 50mm com abertura f/1,4, uma 24-105mm e outra 70-200mm da marca japonesa e pelo menos outras oito feitas pela Leica.
Fora isso, as duas câmeras compartilham um sistema de estabilização ótica “duplo” (na lente e no corpo) e dois slots para cartões de memória (um para XQD e outro para SD). E embora seja provável que elas tenham mais diferenças, a única que se sabe até agora é a resolução: a S1R tem um sensor de 47 megapixels, enquanto a S1 fica nos 24 megapixels.
Os dois modelos ainda não têm preço confirmado, mas não devem chegar ao mercado por um valor muito amigável. O lançamento delas está previsto para o primeiro semestre do ano que vem, mais especificamente na primavera do hemisfério norte (outono por aqui).