Grupo de 15 países e um estado dos EUA se une contra caixas de loot

Daniel Junqueira18/09/2018 14h15, atualizada em 18/09/2018 14h30

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Um grupo formado por 15 países europeus e um estado dos Estados Unidos se uniu contra as caixas de loot em games. Formado por membros de órgãos reguladores, o grupo quer definir regras para a implementação de formas de aposta digital em jogos eletrônicos.

O grupo internacional assinou uma declaração com as preocupações envolvendo as caixas de loot e outras práticas consideradas de aposta.

Eles identificaram quatro áreas específicas: apostas de skins, que faz usuários gastaram dinheiro real ou itens de jogos para aumentar as chances de ganhar prêmios bons dentro do game; as caixas de loot, que oferecem prêmios aleatórios; jogos de casino que permitem que usuários gastem dinheiro real para ganhar novas fichas; e conteúdo de aposta em aplicativos voltados para crianças.

Segundo os envolvidos na elaboração da declaração, jogos com esses elementos têm características próximas a sites de apostas online. Eles não pedem que nenhuma ação específica a ser tomada contra os games, mas sugerem que um trabalho seja feito em conjunto para analisar essas características, além de um diálogo aberto com a indústria dos games.

O grupo internacional conta com representantes da Áustria, República Tcheca, França, Gibraltar, Irlanda, Ilha de Man, Jersey, Letônia, Malta, Países Baixos, Noruega, Polônia, Portugal, Espanha, Reino Unido e o estado de Washington, nos Estados Unidos.

Práticas como as caixas de loot em games se tornaram alvo de órgãos reguladores especialmente a partir do fim de 2017, quando o game “Star Wars Battlefront II” se destacou por deixar grande parte do conteúdo preso atrás dessas caixas: jogadores precisavam gastar dezenas de horas para conseguir desbloquear tudo, e ainda dependendo da sorte para tirar determinados itens ou personagens.

Apesar de ter voltado atrás em “Star Wars”, a EA manteve a prática em “FIFA 19” e, atualmente, é alvo inclusive de uma ação criminal na Bélgica, que considera as caixas de loot como uma forma de aposta. Caso seja considerada culpada, a empresa pode ter que pagar multas altas dentro do país europeu.

Ex-editor(a)

Daniel Junqueira é ex-editor(a) no Olhar Digital

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