A Tor Project lançou a primeira versão em alpha do Tor Browser para Android. O navegador, que ganhou popularidade depois dos escândalos de privacidade iniciados por Edward Snowden, é focado justamente em quem quer — ou precisa — não ser ser visto na internet.
O aplicativo deve substituir o proxy Orbot e o navegador Orfox, que hoje servem como soluções para quem quer navegar na rede Tor. Por ora, no entanto, o Tor Browser ainda exige que o usuário instale e ative o Orbot para funcionar 100%. A expectativa da Tor Project é de que o proxy seja integrado ao app até o começo do ano que vem.
O sistema usado pelo novo aplicativo é o mesmo adotado no Tor Broswer para desktops. Quando conectado à rede Tor, o usuário se torna um anônimo e passa, de certa forma, a não se comunicar diretamente com os servidores que está acessando. Seus dados em trânsito são criptografados e passam por diferentes nós na rede antes de chegarem ao destino final.
A ideia é dificultar o trabalho de algum eventual bisbilhoteiro, seja ele um cibercriminoso, um sistema de monitoramento em massa como o adotado pelos EUA, uma rede social ou autoridades de um regime ditatorial. O sistema é eficaz — tanto que é adotado por ativistas em regiões de risco.
A versão alpha do navegador para Android ainda está bem incompleta e tem poucos recursos, além de apresentar alguns bugs na interface. Ainda assim, se quiser testá-la e contribuir com feedbacks para a comunidade — o app tem código aberto —, dá para baixar na loja Google Play.