Como deixar um wi-fi público mais seguro

Os mesmos atrativos que fazem o wi-fi livre e gratuito interessante para o público em geral chamam a atenção dos criminosos
Redação27/08/2018 14h51

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Reprodução

Encontrar um wi-fi aberto quando se está viajando sem um plano de dados no celular pode ser uma oportunidade e tanto para se conectar à internet. Sentar em um café ou em uma praça para trabalhar ou estudar, utilizando o wi-fi disponível na loja é uma boa forma de sair da rotina. No entanto, você já pensou que essa conexão à internet pode ser trazer riscos?

Os mesmos atrativos que fazem o wi-fi livre e gratuito interessante para o público em geral, deixam essa conexão atraente para um cibercriminoso, como por exemplo, o fato da autenticação ser bastante simples, ou até mesmo, não necessitar de nenhum cadastro para continuar o acesso. Com todos conectados na mesma rede, as vulnerabilidades aumentam e abrem portas para alguns tipos de ataques.  

Um atacante virtual conta com a inocência e falta de conhecimento de suas vítimas, o que possibilita a ele realizar ataques tipo man in the middle, nos quais se coloca entre a conexão e a vítima, conseguindo assim, acesso à dados importantes, como senhas de conta bancária, número de cartão de crédito ou de documentos pessoais. É como se você encontrasse uma pessoa na rua vestido como carteiro, mas que na verdade não é, e desse na mão dele uma correspondência com informações importantes. Embora ele esteja com as credenciais que o identificam como carteiro, ele provavelmente recolherá estas informações para uso e benefício próprio. Outro risco é um cibercriminoso implantar malwares no dispositivo conectado à essa rede desprotegida, o que pode danificar seriamente o equipamento.

Nesse cenário, é correto dizer que o wi-fi público é inseguro? Não! O que é inseguro é o uso feito por estas conexões. Para não se privar de algo bastante benéfico e prático que a tecnologia proporciona, o que eu recomendo é tomar alguns cuidados simples, que listarei abaixo e que podem salvar você de um roubo de informações ou de ter um malware instalado em seu dispositivo.

Verifique com o proprietário do local o nome da rede

Pode parecer bobagem, mas muitas vezes cibercriminosos usam nomes similares aos das redes legítimas para atrair usuários desavisados. Portanto, sempre verifique com o administrador do estabelecimento o nome da rede que utiliza e se é necessário algum cadastro para acessa-la.

Evite também redes com nomes como “wi-fi grátis” e “wi-fi free” ou qualquer outro nome genérico. Podem ser conexões desprotegidas criadas por pessoas mal-intencionadas.

Evite conectar em redes que não pedem nenhuma autenticação

É bastante chato ter que digitar senhas ou preencher um cadastro para acessar a internet em um estabelecimento com rede pública. No entanto, é uma forma de melhorar a segurança daquela conexão.

Esqueça a rede após usá-la

Os sistemas operacionais possuem a opção de “esquecer” uma rede wi-fi após seu uso, é fundamental sempre utilizá-la, assim você consegue diminuir os riscos de seu dispositivo conectar automaticamente em uma rede pública sem que você perceba.

Só ligue a conexão wi-fi na hora do uso

Para facilitar a utilização da internet, muitas pessoas deixam a opção de conexão wi-fi sempre ligada no dispositivo, assim, ao entrar em um ambiente que possua rede pública, o equipamento liga automaticamente na rede. Apesar de ser bastante prático, é uma atitude muito insegura, pois você pode estar se conectando a uma daquelas redes que mencionei no começo, feitas apenas para roubos de informações.

Operações financeiras, nem pensar

Não entre no aplicativo ou site de seu banco ou sites de compras nessas redes wi-fi, pois é uma prática extremamente insegura e que pode trazer prejuízos financeiros. Caso seu dispositivo tenha sido comprometido, você pode ter informações bancárias interceptadas e utilizadas por terceiros. Evite também preencher números de documentos ou acessar informações que, de alguma forma, sejam sigilosas em redes wi-fi. Opte sempre por conexões 3G ou 4G até terminar as transações bancárias e ter certeza que desconectou do serviço financeiro ou do site de compras.

Navegue em sites seguros e só baixe apps de lojas oficiais

Recentemente o Google anunciou que não exibirá mais o cadeado verde, que era sua marca registrada no navegador Chrome para denominar sites com protocolos de segurança. Isso porque, parte-se do pressuposto que as pessoas só devam navegar em sites completamente seguros. A partir de agora, o navegador vai avisar apenas quando um site não for seguro. A mudança é bastante sutil para o usuário final, mas mostra a importância que os protocolos de segurança tomaram para garantir a navegação segura e uma troca de dados sem interceptação. É importante que o usuário de internet não navegue em sites que o seu navegador ou seu antivírus não considerem seguros.

Além disso, nunca baixe apps que não venham de lojas oficiais, como a App Store ou a Play Store, pois a probabilidade destes aplicativos não terem qualquer segurança na transferência de dados é enorme, o que não é bom quando se navega em uma rede pública.

Use uma rede privada (VPN)

Caso o acesso a redes públicas seja constante e inevitável, mesmo em casos de troca de informação sigilosa, uma alternativa é contratar uma VPN (Virtual Private Network) ou Rede Privada Virtual. Essa ferramenta irá criar uma proteção ao redor dos dados, como se fosse um túnel, que impede a intercepção de dados por criminosos virtuais.

Na dúvida, não acesse

Depois de adotar todas estas dicas, é importante ainda ter o sistema operacional sempre atualizado e um antivírus robusto instalado. Mas se mesmo assim você não se sentir seguro porque seu computador contém informações sigilosas, estratégias comerciais de sua empresa ou documentos pessoais de qualquer tipo, opte por não acessar uma rede pública. Muitas vezes o acesso 4G ainda é a opção mais segura.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital