Bateria portátil transforma água e sal em hidrogênio para carregar seu celular

Renato Santino09/01/2016 08h55

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Bateria, como todos que ja usaram um smartphone na vida sabem, é o grande gargalo da tecnologia moderna. Por isso, uma ideia da empresa sueca MyFC, ganhou destaque na CES 2016: usar hidrogênio para alimentar uma bateria portátil capaz de abastecer seu celular, ou basicamente qualquer outro dispositivo carregável por USB.

A ideia da empresa é deixar de lado o convencional íon de lítio para baterias e usar as células de combustível de hidrogênio. Para isso, eles recorrem a um método diferente de recarga desta bateria portátil. Em vez de ligá-la na tomada, o usuário da Jaq insere um dispositivo similar a um “cartão” repleto de sais e água, funcionando como combustível no corpo, da bateria que funciona como um motor.

Assim que um cartão novo é inserido, começa a reação química que produz hidrogênio. Em alguns  minutos, a bateria ganha recebe energia de 1.800 mAh que pode dar uma carga completa em um smartphone com uma bateria modesta. Precisou de mais bateria? É só usar mais um cartão e repetir o processo.

Os cartões são bem baratos, mas infelizmente eles não são reutilizáveis. Uma carga e eles passam a ser inúteis. A empresa, porém, promete que até o ano que vem eles serão 100% recicláveis, o que permite que ao menos eles não poluam o ambiente depois do uso.

Claro que a ideia ainda tem seus problemas, sendo o fato de que cada cartão vale apenas uma carga o pior deles. Também é ruim o fato de não ser possível que o próprio usuário reabasteça um cartão depois de usado, já que, supostamente, eles dependem apenas de água e sal. Pelo menos é o que diz a empresa.

Reprodução

No entanto, a proposta também tem seus pontos positivos. Em lugares onde simplesmente não há energia elétrica, uma série de cartões como estes da MyFC pode fazer com que a pessoa consiga se embrenhar numa selva por vários dias sem chegar perto de uma tomada. A empresa também prevê um bom uso em lugares onde a rede elétrica não é confiável.

Por causa do modelo diferente de funcionamento, que depende da troca constante de cartões (basicamente como uma impressora, que precisa de constante troca de cartucho), a empresa está pensando em modos diferentes de financiamento. A ideia é não vender diretamente o corpo do carregador, mas oferecê-lo “gratuitamente” por meio das operadoras de telefonia celular, já com cinco cartões no pacote.

Já os cartões serão, sim, vendidos à parte. A empresa fala no preço de US$ 1,50 por unidade, ou uma assinatura mensal de US$ 5 para receber um fluxo constante de cartões para recarga.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital