Ezequiel Pereira é um simples estudante de 17 anos na Universidade da República, uma instituição pública em Montevidéu, Uruguai. Mas, recentemente, o jovem recebeu US$ 36 mil do Google por encontrar uma grave falha no sistema da empresa.
O Google, assim como outras empresas, possui um programa de recompensa a caçadores de bugs – desenvolvedores independentes que, se encontrarem falhas nos serviços da empresa, podem ser recompensados com prêmios em dinheiro.
O jovem Ezequiel revelou ao Google a descoberta de uma falha no App Engine, ambiente de testes do Google Cloud para desenvoledores de aplicativos. A falha em questão permitia que qualquer pessoa entrasse no sistema interno da empresa passando-se por um computador com acesso remoto.
A descoberta foi enviada ao Google em fevereiro deste ano, mas só agora a empresa anunciou que corrigiu o bug e que recompensou Ezequiel com US$ 36.337, o que equivale a mais de R$ 130 mil em conversão direta pela cotação atual do dólar.
Não é a primeira vez que o jovem uruguaio recebe uma bolada por encontrar bugs nos produtos do Google. Sua primeira descoberta, feita em 2016, lhe rendeu US$ 500. No ano passado, ele ganhou US$ 10 mil por outra falha encontrada.
Ezequiel participa apenas dos programas de recompensa do Google, e não o de outras empresas. À rede norte-americana CNBC, o jovem estudante disse que está guardando a maior parte das recompensas para investir em estudos. Ele diz que quer fazer mestrado em segurança da informação.
O valor de US$ 36 mil, embora alto, não chega a ser o maior prêmio que o Google já pagou pela descoberta de um bug. No ano passado, a empresa distribuiu US$ 2,9 milhões por 274 pessoas que, como Ezequiel, também encontraram falhas. O maior prêmio foi de US$ 112 mil.