O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no início do ano que tem um plano de privatizar a Estação Espacial Internacional até 2025. Porém, conforme relata o The Verge, a proposta de Trump pode não sair do papel.

Para o inspetor-geral da NASA, Paul Martin, é improvável que qualquer empresa seja capaz de assumir os enormes custos de operação da Estação Espacial nos próximos seis anos. Martin expôs as preocupações sobre a transição da estação durante uma audiência do subcomitê do Senado.

O auditor afirma que não há “justificativa suficiente” para que as empresas espaciais assumam os custos operacionais anuais da ISS, que devem chegar a US$ 1,2 bilhão em 2024.  Além das empresas que precisam da estação para pesquisas ou turismo especial ainda não estarem em operação, a indústria privada espacial tem evitado usar a estação para os seus avanços. “Sinceramente, o escasso interesse comercial mostrado na estação durante seus quase 20 anos de operação nos dá uma pausa sobre os planos atuais da agência”, disse Martin na audiência.

Atualmente, a estação espacial custa à NASA entre US$ 3 e US$ 4 bilhões por ano para operar e o governo norte-americano e a administração da NASA quer redirecionar esse dinheiro para outros projetos, como o desenvolvimento de novos hardwares para voltar à Lua. 

Martin ainda ressalta que a transição total o de parte da estação não traria economia para a NASA, pois, a agência ainda continuaria gastando com o envio de astronautas e cargas. Só para o ano fiscal de 2018, a agência alocou US$ 1,7 bilhão para transporte de astronautas e suprimentos.

As opções apresentadas até então são a extensão do financiamento da ISS para além de 2024, ano em que o orçamento do programa está programado para terminar, ou desmontar a estação ao longo dos próximos anos.