Não é de hoje que é possível controlar próteses biônicas com o cérebro, mas um novo estudo desenvolvido por pesquisadores dos Estados Unidos vai tornar o uso de membros artificias ainda mais parecidos com os reais: pacientes agora conseguem sentir as próteses como se fossem parte do próprio corpo.

O estudo foi divulgado na revista científica Science Translational Medicine. Para conseguir fazer o cérebro “sentir” a prótese, os pesquisadores da Cleveland Clinic criaram uma interface em duas vias que faz os nervos vibrarem no local em que a prótese se prende aos músculos do paciente.

Assim, o cérebro é “enganado” e entende que existe um membro real naquele lugar. O resultado disso é que os movimentos realizados pela prótese ficam mais naturais, e mais próximos dos que seriam feitos caso um membro natural estivesse naquela parte do corpo.

A ideia não é fazer com que a prótese seja percebida pelo cérebro do paciente da mesma maneira como um membro natural, e sim que pacientes com membros biônicos consigam se adaptar com mais facilidade aos novos membros, passando menos tempo treinando o cérebro para movimentar um novo braço e mais tempo movimentando de fato o membro.

O estudo ainda precisa de algum desenvolvimento. A sensibilidade da prótese ainda não é muito complexa, e os pesquisadores querem criar sinais que repliquem mais com mais naturalidade os enviados por membros naturais para o cérebro.