Onavo é uma empresa de segurança e análise de dados israelense que foi comprada pelo Facebook em 2013. O fruto mais famoso dessa aquisição foi um app de VPN que, estranhamente, capturava diversos dados sensíveis do usuário em segundo plano.

Na semana passada, a Onavo lançou um novo aplicativo chamado Bolt App Lock. O programa servia para trancar outros aplicativos do celular dentro de pastas com senha, semelhante a outros serviços disponíveis no mercado. Mas após novas críticas, o app saiu do ar.

O Techcrunch reportou a descoberta do Bolt App Lock e explicou que o aplicativo, uma vez instalado, tinha o direito de enviar dados sobre o usuário diretamente para o Facebook, incluindo informações sobre os outros aplicativos instalados no celular.

A Onavo dizia que esses dados serviam para “aprimorar o serviço” do Bolt App Lock e também do Facebook. O problema é que, a não ser que o usuário lesse os termos de uso (o que pouca gente faz), seria difícil descobrir que seus dados estão sendo enviados para o Facebook.

Não havia qualquer referência direta ao Facebook no aplicativo, nem no layout das páginas e nem no perfil do app no Google Play. Para todos os efeitos, o Bolt App Lock era um serviço da Onavo. Mas, na prática, a empresa era apenas uma testa de ferro para o conglomerado de Mark Zuckerberg.

Nesta semana, o aplicativo sumiu do Google Play e não pode mais ser baixado oficialmente. Em nota enviada ao Techcrunch, um porta-voz do Facebook disse que o Bolt App Lock fazia parte de um “pequeno e breve teste”, e que foi removido porque não estava pronto.